A profilaxia consiste em um conjunto de meios empregados para preservar não só os suínos, como todos os seres vivos, das enfermidades, entre elas o raquitismo e a anemia, usando-se para esse fim o isolamento, as desinfecções, as vacinações, as medidas higiênicas em geral, a alimentação adequada entre outros.
Segundo Maria do Carmo Arenales, professora do Curso CPT Sistema Orgânico de Criação de Suínos, “As medidas de profilaxia abrangem o conjunto de toda a criação de suínos e prendem-se a princípios e normas que devem ser adotados na organização das instalações, e aos métodos de trabalho a serem usados no custeio e na assistência ao rebanho”.
I- Raquitismo
O raquitismo é uma moléstia de carência e ataca os animais novos, quando há deficiência de cálcio, de fósforo ou de vitamina D na alimentação.
Outros fatores também podem concorrer para aumentar a incidência do raquitismo em uma criação, tais como: alimentação deficiente, utilização de reprodutores de qualidade inferior, doenças contagiosas e parasitárias e manejo defeituoso do plantel.
Pode também concorrer para aumentar a incidência de raquitismo, o emprego de reprodutores que não alcançam ainda o desenvolvimento completo (imaturos), fatores genéticos, desmama precoce (antes do tempo) e criação em confinamento.
É de muita importância evitar o emprego de reprodutores inferiores, cujos defeitos, em geral, são hereditários, pois o controle dos leitões fracos e defeituosos deve começar pela escolha dos genitores.
- Manejo de porcas em gestação
As porcas em gestação devem merecer alimentação e trato apropriado. As medidas higiênicas são muito importantes e o criador deve manter suas maternidades em perfeita ordem, evitando que os leitões, ao nascerem, se contaminem com verminose e com doenças infectoparasitárias.
As porcas, antes de serem recolhidas à maternidade, devem ser lavadas e desinfetadas e as maternidades devem apresentar condições perfeitas de higiene.
Evitando as causas acima apontadas, o criador terá bases sólidas para evitar a enfermidade.
- Manejo de leitões
A moléstia aparece nos leitões, em geral, aos três meses ou após a desmama, com manifestações de enfraquecimento geral, diminuição do apetite, membros rígidos, às vezes produzindo manqueira e paralisia.
Os ossos se deformam e as articulações aumentam de volume, observando-se fraturas, com frequência. Os animais não se desenvolvem e os seus ganhos de peso são nulos.
Quando a moléstia ainda está no início, o animal pode curar-se, agregando-se à ração cálcio, fósforo ou vitamina D. Havendo falta de cálcio e de fósforo nas rações, é indispensável adicionar esses minerais, para evitar que a moléstia apareça.
As porcas criadeiras, que são alimentadas com deficiência desses minerais, não produzem ninhadas sadias e fortes. Os leitões nascem mortos e a porca tem a lactação prejudicada.
- Sol
A vitamina D é um elemento importante, que deve ser fornecido aos animais para facilitar a assimilação do fósforo e do cálcio, notadamente durante o período de crescimento.
Essa vitamina forma-se no organismo sob a ação dos raios ultravioletas do espectro solar. No sistema livre, aliado ao sistema orgânico, esta suplementação é desnecessária.
Portanto, a falta de minerais suficientes na alimentação (cálcio e fósforo) e a criação presa em pocilgas, sem exercício ao ar livre (falta dos raios ultravioletas para a formação da vitamina D no organismo), são fatores que concorrem para o aparecimento da moléstia.
Com o conhecimento desses elementos, o criador pode evitar que apareçam casos de raquitismo em sua criação.
II- Anemia
Essa enfermidade foi identificada desde 1923, constituindo um dos problemas para a criação de leitões em piso de concreto, longe das fontes naturais de ferro, das pastagens e do solo.
O leite da porca se caracteriza pelo reduzido teor de ferro, não podendo assim satisfazer as necessidades férricas diárias dos leitões, sendo, na grande maioria dos casos, necessário administrar suplementos ferrosos poucos dias após o nascimento.
Mesmo nas rações ricas em ferro, não são de utilidade como fontes desse metal, senão quando os leitões podem consumir quantidades consideráveis das mesmas, e isso só se verifica após a quinta semana de vida.
O ferro tem demonstrado ser de grande utilidade no combate à enfermidade, notadamente quando administrado por preparados injetáveis; porém, no sistema orgânico, o ferro injetável tem que ser substituído por medicamentos homeopáticos.
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Por Silvana Teixeira.
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Comentários
Mitie Arcangelo Osawa
3 de jun. de 2022Foi satisfatório ao que eu precisava
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20 de jun. de 2022Olá, Mitie Arcangelo! Como vai?
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Alessandra Apolinário cordeiro
20 de dez. de 2020Porque um leitão emagrece
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23 de dez. de 2020Olá, Alessandra
Como vai?
Agradecemos sua visita ao nosso site!
O ideal é procurar um médico veterinário em sua cidade, para que ele possa realizar o diagnóstico correto do que possa estar causando o emagrecimento do leitão.
Atenciosamente,
Erika Lopes
laura raimundo matias
31 de dez. de 2018É um livro muito interessante
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31 de dez. de 2018Olá Laura,
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Victor Sampaio
Elizangela
14 de jan. de 2018Os porcos aqui em casa estão remelando os olhos e acabam ficando fracos. Qual doença pode ser?
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15 de jan. de 2018Olá Elizangela,
Apenas pela sua descrição, não é possível saber qual doença pode ser. O ideal é que procure uma médico veterinário em sua cidade, para que ele possa realizar o diagnóstico correto do problema.
Atenciosamente,
Victor Sampaio