Você já se perguntou por que o café tem efeito estimulante? Por que, ao consumi-lo, a memorização e a concentração melhoram, e sentimos mais ânimo e disposição? Ou por que, ao tomar uma bebida sedativa como chá, nos sentimos mais calmos e tranquilos?
Segundo a Prof.ª Alessandra Aziz, do Curso CPT Farmácia Viva – Princípios Ativos, Identificação e Utilização de Plantas Medicinais, a resposta está nos alcaloides. Um tipo de princípio ativo presente no café, conhecido como cafeína, e no maracujá, como passiflorina. Assim como nesses dois produtos, na natureza, há muitos outros tipos de alcaloides que podem estar presentes em diferentes partes dos vegetais. No maracujá, há maior concentração de passiflorina nas folhas, e no café, a cafeína está presente em maior quantidade nos grãos.
No entanto, os alcaloides agem de forma diferente nas plantas e no organismo humano. Nas plantas, os alcaloides agem protegendo-as contra herbivoria. Já no organismo humano, entre os efeitos causados por essa substância, estão o efeito relaxante e o estimulante.
Existem também plantas alcaloides de efeito tóxico, como o confrei, que é muito tóxico ao fígado, e a lantoína, presente na babosa, a qual, quando usada em excesso, pode intoxicar o fígado e os rins.
Mesmo que se utilize uma planta fresca ou uma planta seca, o alcaloide estará presente em sua preparação, então vale a pena salientar a necessidade de maior cuidado ao utilizar essa substância devido à sua toxicidade.
Atenção! A diferença entre o remédio e o veneno é a dose: em relação aos alcaloides, é preciso estar atento a isso.
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Por: Thiago de Faria
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