Os avanços no melhoramento genético, na nutrição e na biosseguridade do rebanho caprino tornaram o leite de cabra um produto com alto valor agregado. Além disso, o desempenho produtivo da cabra é incomparável ao de outros rebanhos, como o bovino ou o bubalino. Tudo graças à fácil adaptação dos caprinos às condições climáticas variadas e à rusticidade característica desses incríveis animais.
A produção de leite de cabra por dia é 15% maior quando comparada ao total da produção de leite de vaca. Entretanto, de nada adianta essa magnífica eficiência produtiva se cuidados com a qualidade do leite de cabra não forem seguidos. Principalmente porque algumas particularidades do leite caprino podem sofrer alterações por falhas na produção, na ordenha e no processamento.
“A sala de ordenha deve ser utilizada apenas para esse fim, além de estar distante de áreas que possam comprometer a qualidade higiênica do leite”, afirma Maria Pia Souza Lima Mattos de Paiva Guimarães, professora do Curso CPT Criação de Cabras Leiteiras - Cria, Recria e Produção de Leite. Para um produto com elevado padrão qualitativo, a ordenha das cabras deve obedecer aos seguintes critérios:
Cuidados iniciais
Antes da ordenha, o ordenhador deve lavar mãos e antebraços com água corrente e sabão neutro. Todos os equipamentos e utensílios utilizados devem ser higienizados e desinfetados para evitar contaminações. Além disso, é importante seguir uma linha de ordenha para controle mais rígido. A sala de ordenha deve estar afastada das instalações dos reprodutores a 150 metros (mínimo). Cabras recém-paridas, em cio ou doentes não devem ser ordenhadas.
Durante da ordenha
Antes de ordenhar a cabra, os dois tetos do úbere devem ser higienizados com água e sabão neutro, além de secos com papel-toalha descartável. Ao iniciar a ordenha, é impreterível descartar os primeiros jatos de leite, sobre uma caneca de fundo escuro, para detectar se há (ou não) mastite (ou mamite). Se tudo estiver perfeito, dar início à ordenha propriamente dita.
Após a ordenha
Após a ordenha, o ordenhador deve imergir os tetos da cabra em glicerina iodada para desinfetá-los. A sala de ordenha, os equipamentos e os utensílios utilizados devem ser higienizados e desinfetados. O leite de cabras em tratamento com antibióticos ou vermífugos deve ser descartado. O leite a ser comercializado deve passar por tela de náilon para remover sujidades e, depois, passar por pasteurização.
Sobre a pasteurização do leite de cabra
A pasteurização do leite de cabra deve ocorrer após a ordenha (até 30 minutos no máximo). Esse leite pasteurizado deve seguir para consumo no estado fluido, embalado e etiquetado, sob temperatura de 4°C (ou congelado). Esses critérios impedem a desqualificação do leite de cabra por contaminação (microrganismos patogênicos) ou alterações sensoriais (aumento da acidez).
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Fonte: milkpoint.com.br
Por Andréa Oliveira.
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