O mármore e o granito são belos, porém, caros; alguns são muito raros o que os tornam ainda mais desejados; por isto, cada vez mais se aperfeiçoam as técnicas de pinturas especiais que representam estas pedras tão belas.
“Outro fator para o surgimento e o constante aperfeiçoamento das técnicas de imitação é o desafio humano de expressar artisticamente o legado da natureza”, afirma Margaret Pires, professora do Curso a Distância CPT Marmorização e Granitização.
Algumas técnicas são usadas na decoração de residências, templos e palácios desde a antiguidade clássica por vários povos, sempre como alternativa para o mármore verdadeiro, em virtude do alto custo e limitações de uso da pedra natural, pois naquela época eram grandes as dificuldades de extração da pedra, de transporte e de manuseio.
No Brasil, o mestre Aleijadinho usou muito essas técnicas em pinturas de igrejas, pois naquele tempo usar a pedra natural era quase impossível. Ainda hoje, essas técnicas são empregadas para pintar paredes e colunas em igrejas, principalmente em Minas Gerais. São técnicas que foram desenvolvidas ao longo dos séculos e que perduram até hoje em virtude da sua beleza e praticidade.
“O sucesso desta pintura ilusionista deve-se à perfeita imitação das características peculiares da pedra tais como movimento, profundidade e transparência que simulam a sensação de massa fria”, relata Margaret.
Outra característica marcante dos mármores são os veios que lhe imprimem rara beleza. As representações do mármore e do granito são usadas para revestimento de paredes, lambris, molduras, móveis e outros acessórios em tamanhos variados. Ainda segundo Margaret, “para que o efeito seja realmente belo, só devemos marmorizar ou granitizar superfícies que poderiam, a priori, serem feitas destas pedra”.
Com as técnicas de marmorização e granitização é possível representar os tipos mais conhecidos de mármore e de granito e ainda fazer imitações. É o que chamamos de pintura ilusionista: aquela que engana os nossos olhos; é uma pintura artística; uma representação. O ideal é que a pintura engane e que, ao ser descoberta, cause surpresa pela perfeição e arte.
“Algumas técnicas são tão perfeitas que muitos restauradores fazem restauração de peças quebradas na decoração em que o mármore já foi usado”, finaliza.
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Por Silvana Teixeira.
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