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Arroz - Plantas Daninhas em Arroz Irrigado

Arroz - Plantas Daninhas em Arroz Irrigado

 

O arroz, como qualquer cultura agrícola, está sujeito a uma série de fatores do ambiente que, direta ou indiretamente, influenciam o rendimento, qualidade e custo de produção. Dentre estes fatores, as plantas daninhas assumem lugar de destaque, face aos efeitos negativos observados no crescimento, desenvolvimento e produtividade.

No arroz irrigado, quando se pensa em manejo de plantas daninhas, é preciso levar em consideração as diferentes formas de se implantar a lavoura. Pode-se considerar cinco condições distintas: sistema convencional com semeadura a lanço ou em fileiras, cultivo mínimo com plantio direto, plantio direto, sistema pré-germinado, mix de pré-germinado e transplante de mudas.

O sistema de cultivo de arroz irrigado propicia um habitat especial para a infestação de plantas daninhas. Durante alguns meses da estação quente do ano, além da temperatura e luminosidade adequadas ao crescimento vegetal, somam-se os efeitos da umidade do solo e da adição de nutrientes. Em níveis satisfatórios dos recursos do ambiente, o estabelecimento e o crescimento de plantas daninhas são muitos favorecidos (Fleck, 2000). Isto torna as plantas daninhas responsáveis pelos maiores problemas agronômicos da cultura, especialmente devido à interferência que provocam no arroz, reduzindo a produtividade de grãos, além de outros efeitos que causam ao sistema produtivo deste cereal.

Outro aspecto importante é que a infestação de plantas daninhas varia de uma região para outra e também nos diferentes sistemas de implantação da lavoura. Desta forma, é necessário que se faça um levantamento das plantas daninhas existentes antes de se planejar a lavoura e, consequentemente, o manejo de plantas daninhas a ser empregado.

Principais plantas daninhas

Família: Maranthaceae

Thalia geniculata - THAGE - Caeté, tália.

Planta perene, ereta e reproduzida por sementes e rizomas. Apresenta pseudocaule formado por longas hastes caulinares que suportam a inflorescência. As folhas basais são muito grandes; junto à base do limbo, o pecíolo apresenta uma área calosa de coloração avermelhada ou castanha. É frequente a presença de uma faixa avermelhada ou violáceo-castanha, de forma irregular, acompanhando a nervura mediana da folha. Inflorescências em panículas abertas e laxas na parte terminal de longos escapos florais, ficando acima das folhas. O fruto é uma cápsula elipsoide, indeiscente, com cerca de 1 cm de comprimento.

Família: Onagraceae (Oenatheraceae)

Ludwigia spp.

A maioria das espécies deste gênero possuem quatro sépalas e pétalas (tetrâmeras); daí o nome comum de cruz-de-malta). Na lavoura arrozeira irrigada ocorrem principalmente Ludwigia elegans, Ludwigia leptocarpa, Ludwigia longifolia e Ludwigia octovalvis.


Ludwigia elegans - LUDEL

Planta perene, ereta, com até 2,0m de estatura, reproduzida por sementes, encontrada em locais úmidos e alagados. Em ambiente alagado, o caule é normalmente carnoso, suculento e ramificado. Quando as plantas que se desenvolvem em local seco, a parte inferior do caule se torna lenhosa. Folhas curtamente pecioladas, limbo lanceolado a largo-ovalado, com base atenuada e ápice agudo ou obtuso. Flores isoladas, a partir de axila de folhas superiores, quatro pétalas tetragonais, amarelas e facilmente destacáveis.

Ludwigia leptocarpa - LUDLE

Planta perene, ereta, herbácea ou arbustiva, bastante polimorfa; reproduzida por sementes e enraizamento de partes do caule. Caule cilíndrico, ramificado, com cerca de 1cm de diâmetro na parte inferior, e podem ser esponjoso quando em contato com a água. A raiz principal é pivotante, porém em ambiente aquático, formam-se raízes adventícias na parte inferior do caule. Folhas alternas, lanceoladas, sésseis ou com a parte inferior do limbo fortemente atenuada. Flores solitárias a partir da axila das folhas superiores com pedicelos de 1-15mm; corola com cinco pétalas amarelas obovadas e de ápice amarelado.

Ludwigia longifolia - LUDLO

Planta perene, ereta, glabra e reproduzida por sementes; desenvolvendo em locais úmidos e alagados. Folhas longas e estreitas, e flores isoladas com quatro pétalas amarelas localizadas na axila das folhas terminais e subterminais.

Ludwigia octovalvis - LUDOC


Planta perene, ereta, subglabra ou densamente pilosa e reproduzida por sementes. Infestante de áreas úmidas e alagadas, inclusive em lavouras de arroz irrigado. Na parte inferior, o caule é semilenhoso e lignificado; bastante ramificado nas partes mais novas da planta. A raiz principal é pivotante; entretanto, quando as plantas se encontram em locais alagados, podem se formar raízes especializadas que crescem no sentido vertical até alcançar a superfície da água para a absorção de oxigênio, as chamadas raízes pneumatóforas. As folhas são alternas, sésseis ou curtamente pecioladas, com formato variando do oblongo ao linear-lanceolado. As flores são isoladas e localizadas na axila das folhas da extremidade superior; as pétalas são em número de quatro e de coloração amarela.


Família: Poaceae (Graminea)

Brachiaria plantaginea - BRAPL - Papuã, capim-papuã, capim-marmelada

Planta anual reproduzida por sementes. Apresenta porte semi-ereto, com até 1m de estatura. Perfilha intensamente, formando touceiras. Os colmos são cilíndricos, ascendentes ou decumbentes, formados de nós glabros e entrenós. Quando em contato com o solo úmido, pode ocorrer a formação de raízes a partir dos nós inferiores. As folhas providas de bainha estriada e o limbo foliar é linear-lanceolado de tamanho variável. Inflorescência em panículas ascendentes, formada por 3-8 racemos que se inserem alternadamente na parte superior do ráquis.

Brachiaria plathyphylla (Griseb.) Nash. - Papuã-do-banhado, papuã-do-brejo, capim taquarinha

Planta anual reproduzida por sementes. Na Região Sul, vegeta nos meses quentes do ano, preferencialmente em locais úmidos, ocorrendo por isso em lavouras irrigadas de arroz. Trata-se de uma planta ascendente de base prostrada, com até 0,70m de estatura. Apresenta porte menor em comparação com a Brachiaria plantaginea, com as lâminas foliares mais curtas e mais ciliadas na base; panículas menores e com menos racemos, que também são mais curtos. A diferença mais consistente está nas espiguetas, que são um pouco mais achatadas no ápice, porque as cariopses não preenchem totalmente o espaço. As plântulas apresentam bainhas longas, geralmente de coloração purpúrea, e intensamente pilosas. A característica mais marcante desta espécie é que folhas novas, tanto da planta-mãe como dos filhos, saem enroladas como longos e finos cartuchos, motivo pelo qual recebem os nomes populares de capim taquarinha ou furo-bucho.

Digitaria ciliaris - DIGCI - Milhã, capim-colchão

Planta anual, semiprostrada e com reprodução por sementes. Em regiões de umidade elevada e temperatura alta durante todo o ano, comporta-se como planta perene devido ao enraizamento progressivo dos colmos decumbentes. Colmos com entrenós glabros, ocorrendo alguns pelos nos nós. As folhas apresentam bainhas finas, estriadas e pilosas. Limbo foliar linear-lanceolado e piloso próximo das lígulas; de coloração verde-escura, às vezes com pigmentação purpúrea. Inflorescência em racemos filiformes, com configuração digitada ou fasciculada, a partir do primeiro ou segundo vértice. O conjunto forma uma panícula muito aberta, inicialmente verde, passando depois pelas tonalidades avermelhada ou purpúrea na maturação.

Digitaria horizontalis - DIGHO - Milhã, capim-colchão

Na lavoura, quando isolada ou em espaços abertos, tende a estender os ramos sobre o solo, em todos os sentidos, a partir da base, elevando-se apenas a parte apical com a inflorescência. Apresenta pelos curtos e claros sobre as bainhas, e mais raros na parte dorsal das lâminas foliares. Os colmos são finos e cilíndricos, com os nós um pouco entumescidos. As folhas apresentam bainhas de comprimento variado, estriadas, de coloração verde ou com pigmentação purpúrea. As bainhas das folhas inferiores são intensamente pigmentadas, enquanto que as superiores podem ser glabras. Diferencia-se das outras digitárias pela presença nos racemos, junto à base de cada espigueta, de um longo pelo branco de base tuberculada.

Echinochloa spp. - Capim-arroz, crista-de-galo, capituva, capim-jaú, canevão

A grande maioria das plantas daninhas que ocorrem nas lavouras de arroz irrigado do Rio Grande do Sul pertence ao gênero Echinochloa.

Planta nativa da Europa e Ásia (Índia), herbácea ereta e com ciclo biológico de duração variável entre 100 a 120 dias (Leitão Filho et al., 1972). A literatura consultada é muito confusa na qualificação das diversas unidades taxonômicas de capim arroz, pois é muito difícil fazer-se a identificação precisa das espécies deste gênero. Há grande polimorfismo dentro da mesma espécie; e adicionalmente, para complicar, ocorrem cruzamentos naturais, produzindo híbridos, que não apresentam características definidas (Kissmann & Groth, 1999). Pela complexidade, alguns botânicos preferem denominar de complexo Echinochloa.

Principais espécies

- Echinochloa crusgalli (L.) Beauv. var. crusgalli.
- Echinochloa crusgalli (L.) Beauv. var. cruspavonis (H.B.K.) Hitch.
- Echinochloa crusgalli (L.) Beauv. var. orizícola (Vasing) Ohwi.
- Echinochloa crusgalli (L.) Beauv. var. zelayensis (H.B.K.) Hitch.
- Echinochloa crusgalli (L.) Beauv. var. mitis.
- Echinochloa colonum (L.) Link.
- Echinochloa polystachya (H.B.K.) var. polystachya.
- Echinochloa polystachya (H.B.K.) var. spectabilis (Nees) Mart. Crov.
- Echinochloa helodes (Hack.) Parodi

No Rio Grande do Sul, a ocorrência mais frequente é de Echinochloa crusgalli (L.) Beauv. var. crusgalli, porém nos últimos anos tem aumentado a infestação de Echinochloa colonum (L.) Link.

Em áreas alagadas, as espécies Echinochloa polystachya (H.B.K.) e Echinochloa helodes (Hack.) Parodi ocorrem com frequência em canais de irrigação e de drenagem. Quando os banhados são incorporados à lavoura arrozeira, poderão ocorrer infestações destas espécies de capim arroz.

Echinochloa colonum - ECHCO - Capim-arroz, cartuchinho, capituva, capim-da-colônia

Planta anual com reprodução por sementes. Geralmente ereta com muitos colmos formando verdadeiras touceiras, mais compactas que em Echinochloa crusgalli. Apresentam colmos delgados com ramificações a partir de gemas axilares localizadas nos nós basais da planta-mãe. As folhas apresentam bainha comprimida, abertas na parte superior, glabras, às vezes com pilosidade nos nós. Lígula e aurícula ausentes. Inflorescências em panículas terminais, com os racemos ascendentes; espiguetas múticas ou apiculadas e localizadas apenas de um lado do ráquis.

Echinochloa crusgalli - ECHCR - Capim-arroz, barbudinho, crista-de-galo, capituva

No Brasil, existem cinco variedades descritas dentro de E. crusgalli. Em cada variedade ocorrem muito ecótipos, com pequenas diferenças morfológicas. Plantas anuais, herbáceas, eretas e reproduzidas por sementes. Apresentam polimorfismo, mesmo dentro de uma variedade. Os colmos são arredondados ou achatados, com ramificações basais. Folhas com bainhas abertas, pouco sobrepostas; lígulas e aurículas ausentes. Inflorescências em panículas; em Echinochloa crusgalli (L.) Beauv. var.crusgalli, as espiguetas são ovaladas e desprovidas de aristas, enquanto que Echinochloa crusgalli (L.) Beauv. var. cruspavonis, as panículas são de coloração purpúrea, pendentes e os racemos são compostos de curtos ramos secundários. As espiguetas são aristadas, com comprimento variável de 1-9mm. Em Echinochloa crusgalli (L.) Beauv. var. mitis, as espiguetas são múticas ou curtamente aristadas e maiores que em Echinochloa colonum.

Echinochloa helodes - ECHHE - Capim-arroz

Planta perene, rizomatosa e estolonífera, e reproduzida também por sementes. Apresenta colmos cilíndricos, glabros, mas com nós pubescentes. A parte basal da planta é decumbente, principalmente em áreas alagadas e com baixa densidade. O sistema basal é formado por rizomas e estolões glabros, exceto junto aos nós. As folhas apresentam bainhas glabras, estriadas. A lígula está presente na forma de uma camada de pelos, porém ausentes na folha bandeira. Inflorescência em panículas curtamente pedunculadas. As espiguetas são dispostas unilateralmente, e em geral pareadas, uma com o pedicelo curto e a outra com pedicelo mais longo.

Eriochloa punctata - ERIPU- Capim-de-várzea, capim

Planta anual, ereta, pouco cespitosa e com uma estatura variável de 0,60 a 1,50m. Apresenta colmo cilíndrico, com entrenós ocos, lisos e glabros; nós entumescidos e de coloração purpúrea. Folhas com bainhas estriadas, glabras, e lígula formada por uma linha de pelos Inflorescência em panículas eretas, com número variável de racemos. Espiguetas unilaterais, em pares, com pedicelos desiguais. Na base de cada espigueta, ocorre um calo de coloração escura que é típico da espécie.

Hymenachne amplexicaulis - HYMAM - Capim capivara, capim-de-açude, grama-de-lagoa

Planta perene reproduzida por sementes, rizomas e enraizamento dos nós caulinares basais. Ocorre em canais, junto às taipas e águas pouco profundas, podendo assim ocorrer em várzeas de arroz. Apresenta colmos cilíndricos e grossos, com entrenós glabros e nós contraídos. Folhas com bainhas mais curtas que os entrenós, abertas, glabras ou ciliadas nas margens. Lâminas foliares planas, lanceoladas e de base cordado-amplexicaule. Inflorescências espiciforme, cilíndrica e compacta.

Leersia hexandra - LEEHE - Grama boiadeira, grama-do-brejo

Planta perene, aquática emergente, ocorrendo em locais úmidos e alagados ou mal drenados. Infesta canais, bem como lavouras inundadas. Reprodução e brotações a partir de colmos prostrados e imersos. Em solo úmido mas não inundado, a planta é cespitosa com a tendência de ser ereta, mas os colmos são finos e ocos e acamam facilmente. Em locais inundados, os colmos formam ramificações flexíveis de comprimento variável que flutuam na água; daí o nome de grama boiadeira. Inflorescências em panículas relativamente pequenas, com ramificações ascendentes, não apresentando espiguetas na parte basal.

No inverno, reduz a sua atividade fisiológica, e consequentemente, seu desenvolvimento. São plantas daninhas que vêm crescendo de importância na lavoura arrozeira. O problema tem se multiplicado devido ao controle deficiente.

Leptochloa uninervia - LEPUN - Capim mimoso, capim nangá

Planta anual, herbácea, cespitosa e reproduzida por sementes. Apresenta bainhas glabras; lígula membranáceas e franjadas. As panículas são formadas por racemos curtos e com as espiguetas em parte sobrepostas, sésseis e lemas múticas.

Luzíola peruviana - LUPER - Grama boiadeira, pastinho d'água

Planta perene, estolonífera, aquática semiflutuante, ocorrendo em áreas úmidas e alagadas, inclusive lavouras de arroz irrigado. Reproduz-se por sementes e estolões. Apresenta desenvolvimento vegetativo durante os meses mais frios, florescendo nos meses com temperaturas mais altas. Apresenta folhas basais e caulinares, inclusive acima das inflorescências. A lígula é membranácea e ligeiramente ciliada. Inflorescências em panículas apresentando espiguetas unissexuadas e uniflorais, sendo as masculinas geralmente terminais, e as femininas axilares. Pode ser facilmente confundida com Leersia; diferencia-se na fase vegetativa pois Luzíola apresenta folhas ásperas e lígula curta-truncada, enquanto que, em Leersia, as folhas são lisas e a lígula é mais alta que larga.

Oryza sativa L. - Arroz-vermelho

O arroz-vermelho, também conhecido por arroz-preto ou arroz- daninho, recebe essa denominação pela coloração vermelho-amarronzada do pericarpo do grão. Atualmente, constituí-se na principal planta daninha lavoura arrozeira irrigada responsável pela redução na produtividade e na qualidade do grão. Por pertencer a mesma espécie do arroz cultivado (Oryza sativa) possui características genéticas, morfológicas e bioquímicas semelhantes, tornando uma planta daninha de difícil controle. Os diferentes ecótipos de arroz-vermelho encontrados nas lavouras apresentam variabilidade para as características morfológicas e fisiológicas. Possui os mesmos hábitos do arroz cultivado confundindo-se com esse; e geralmente, é mais precoce dependendo da cultivar usada na lavoura. Em geral, o ciclo biológico é menor, o porte é mais elevado, tende acamar e debulha com facilidade.

Dentre as plantas daninhas ocorrentes na lavoura de arroz irrigado o arroz vermelho é uma das mais importantes, tanto em redução quantitativa como qualitativa. Neste contexto optou-se pela inclusão de um capítulo (16) com o tema exclusivamente direcionado para o arroz vermelho, a fim de agrupar as informações sobre esta importante planta daninha.

Panicum dichtomiflorum - PANDI - Capim-do-banhado

Planta perene, com reprodução por sementes e por rebrotação. Apresenta colmos parcialmente achatados, decumbentes na base, muito ramificados de forma dicotômica a partir de nós, que são entumescidos. Folhas com bainhas compridas, glabras; lígula formada por uma linha de pelos claros. Inflorescências em panículas terminais e axilares a partir dos nós superiores; espiguetas pediceladas, ocorrendo geralmente de um lado no ráquis dos racemos.

Paspalum distichum - PASDI - Grama-de-ponta, grama-doce

Planta perene, reproduzida por sementes, rizomas e estolões. Ocorre em áreas úmidas, formando uma cobertura uniforme sobre o solo ou estendendo os estolões sobre a lâmina de água, prejudicando tanto o fluxo de água nos canais de irrigação ou drenagem, como também nos quadros da lavoura, pela intensa competição que desenvolve com o arroz. Apresenta colmos ascendentes envoltos pelas bainhas, que são levemente estriadas, com os bordos pilosos. No topo dos colmos ocorrem dois racemos especiformes, um em continuação ao eixo e o outro fixado lateralmente, à semelhança de uma forquilha. Nos racemos, as espiguetas se dispõem isoladamente em duas fileiras.

Família: Polygonaceae

Polygonum hidropiperoides - POLHI - Erva-de-bicho

Planta perene, herbácea, glabra ou ligeiramente estrigosa, reproduzida por sementes. Caule bastante ramificado, decumbente na parte inferior, elevando-se na parte superior e de coloração verde-avermelhada. Presença de ócreas com cerdas na parte superior. Folhas pecioladas, com limbo lanceolado de coloração verde e com pigmentação purpúrea. Inflorescência na parte terminal dos ramos em panículas com racemos espiciformes delgados, de coloração predominantemente branco-esverdeada.

Família: Pontederiaceae

Eichornia crassipes - EICCR - Aguapé

Planta perene, aquática, herbácea, flutuante, carnosa e suculenta, e com tecido aerenquimatoso. A reprodução principal é vegetativa, a partir de talos nos quais ocorre brotação, formando novas plantas. Há formação de filódios (folhas modificadas) lineares submersos e filódios aéreos, peciolados. Normalmente, os pecíolos apresentam a base inflada servindo de boias para a flutuação das plantas. A inflorescência em espiga multiflora aparece na extremidade do escapo floral protegido por brácteas com as pétalas de coloração azulada, lilás ou esbranquiçada.

Heteranthera reniformis - HETRE - Aguapé mirim, agrião-do-brejo, hortelã-do-brejo

Planta perene, herbácea, anfíbia, subcarnosa e com grande quantidade de água nos tecidos, podendo viver tanto na água quanto em solos saturados. Reprodução por sementes, que só germinam em solos saturados de umidade. No solo, ocorre o enraizamento das plantas, mas quando o nível da água se eleva, a planta se desprende e passa a flutuar. Ocorre também propagação vegetativa, originando grandes conjuntos de plantas que podem formar extensos tapetes flutuantes, afetando o desenvolvimento das plantas de arroz, principalmente em sistemas de implantação da lavoura com alagamento antes da semeadura (pré-germinado, mix de pré-germinado) ou do transplante de mudas. Em plantas adultas, o limbo foliar é reniforme com base cordada a invaginante. As inflorescências são em espigas com três a sete flores. A espiga é protegida por uma espata verde cilíndrica, acuminada e fendida lateralmente até a base da inflorescência. Através desta fenda, surgem as flores que são de coloração branco-azulada.

Pontedéria cordata - PONCO - Aguapé, rainha-dos-lagos, murerê

É uma planta perene, aquática emergente, herbácea, com grande acúmulo de água nos tecidos e estatura variando de 0,40 a 1,0 m. Reproduz-se por sementes e rizomas. Folhas basais grandes, com pecíolos longos. Junto ao escapo floral, ocorre uma folha solitária, menor que as basais, protegendo a inflorescência. Folhas com formato variável de oblongo-acuminado a quase linear, com base cordada, carnosas, lisas, brilhantes e de coloração verde. Na parte terminal de cada escapo floral, ocorre a formação de uma espiga compacta e as flores são coloração azul-violácea.

Confira todo o conteúdo sobre Arroz, acessando o link abaixo:
 
Arroz

Fonte: Embrapa

Postado por Silvana Teixeira

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