Para uma flor ser considerada perfeita, seus segmentos devem se encaixar dentro de uma circunferência imaginária, compondo a estrela de Davi.
Existem cerca de 25 mil espécies de orquídeas registradas e pouco mais de 100 mil híbridos, desenvolvidos por mãos de orquidófilos encantados pelas formas e cores dessa bela planta. Elas vegetam em diversos ambientes, desde regiões frias a áreas muito quentes.
São muito cultivadas no Brasil e no mundo, movimentando grande soma de dinheiro. Seu cultivo não é complicado, porém trabalhoso, pois exige alguns cuidados básicos. Trata-se de uma atividade rentável, propícia para pequenas áreas, utilizando sistema simples e pouco investimento.
Orquídeas
As orquídeas podem ser encontradas em quase todo o mundo, constituindo uma família de plantas superiores, conhecida como angiospérmicas. Existem orquídeas das mais diferentes formas e tamanhos. Podem ser encontradas plantas que chegam a 4 metros de altura, como também, plantas com flores do tamanho da cabeça de um alfinete, conhecidas como microrquídeas.
É impossível estabelecer uma regra única e uniforme para o cultivo. As orquídeas nascem em qualquer canto e qualquer temperatura. Entretanto, dividem-se em quatro grupos: as epífitas, que se desenvolvem sobre árvores; as rupícolas, que vivem sobre pedras; as terrestres, que crescem sobre o solo; e as saprófitas, que se desenvolvem sobre material orgânico em decomposição.
Em uma flor típica de orquídea há sempre três sépalas: a sépala dorsal e as duas sépalas laterais. São elas que envolvem e protegem a flor em botão. Constituída também por 3 pétalas, sendo que uma delas é bem diferente das outras duas, quase sempre maior e mais vistosa, denominada labelo, de onde sai o perfume destinado a atrair os insetos polinizadores. No centro da flor, encontra-se um órgão carnudo, que tem a forma de uma clava, resultado de uma fusão dos órgãos masculinos e femininos.
Para uma flor ser considerada perfeita, seus segmentos devem se encaixar dentro de uma circunferência imaginária. As pétalas e o labelo devem formar um triângulo equilátero e as sépalas outro, inversamente superposto, compondo a estrela de Davi.
Mudas
Uma das maneiras mais fáceis de se reproduzir as orquídeas é por meio de mudas. Formadas na parte superior do caule, logo produzem raízes. Quando elas chegarem ao comprimento de 8 a 10 cm, podem ser separadas da planta-mãe e colocadas em vasos individuais.
Faz-se a retirada da muda com uma tesoura previamente esterilizada, com bastante cuidado para não prejudicar a planta. Cada muda deve ficar com, pelo menos, quatro pseudobulbos. É feita uma boa limpeza nas raízes, com água corrente, e verificado se não estão velhas. Caso estejam, executa-se a poda. Retira-se também as bainhas secas e dá-se uma boa lavada nas folhas da muda, usando-se uma escova comum para as áreas maiores e uma escova de dente para as áreas menores. Depois, basta plantar a muda no vaso. Na maioria dos casos, as plantas reproduzidas florescem depois de dois anos.
Para quem as cultiva comercialmente esse método é antieconômico sendo, portanto, indicada a propagação pelo processo assimbiótico e pela cultura meristemática, em que as mudas são reproduzidas em laboratório. O primeiro caso assemelha-se ao processo natural de polinização, as sementes são germinadas em frascos esterilizados contendo em seu interior um substrato rico em minerais. Já o segundo possibilita a obtenção de centenas de novas mudas em apenas um ano, a partir de uma gema de um broto, de uma ponta de raiz, ou ainda de uma haste floral.
Plantio
A flor que será plantada deve estar com as raízes aparadas, principalmente as da parte traseira. É importante que os vasos sejam proporcionais ao seu tamanho. Uma maneira de definir o melhor vaso é colocando a parte de trás da planta encostada na borda interna. Deve sobrar dois dedos da outra borda.
O fundo do vaso deve ter 1/3 de seu comprimento preenchido com cacos cerâmicos ou telhas. Isso permite uma boa drenagem, pois as orquídeas não gostam de excesso de água. Colando a planta no vaso com a parte traseira encostada na sua borda, e a parte dianteira voltada para dentro do vaso, revese-se as raízes com o xaxim desfibrado e lavado, tomando o cuidado para deixar o rizoma na parte superior totalmente descoberto.Se for necessário, coloca-se um tutor de madeira ou bambu para manter a planta ereta. A planta deve ficar em lugar sombreado e arejado, diminuindo-se as regas. Orquídeas também podem ser plantadas em árvores vivas ou em cascas de árvores.
O substrato ideal
Para que uma orquídea se desenvolva satisfatoriamente é necessário que o substrato tenha algumas condições especiais, pois é fundamental o arejamento das raízes. O coxim, feito a partir da fibra de coco, é um dos mais utilizados. Encontrado em placas, esse pode ser amarrado com as plantas nas árvores. Outros materiais, como piaçava, pedra britada, vermiculita e esfagnum podem, igualmente, ser utilizados. O nó-de-pinho, proveniente do pinheiro-do-paraná, também tem sido usado.
Por: Patrícia Tristão.
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Comentários
andrey emanoel de lima
26 de jun. de 2013Quero saber onde foi que você tirou a foto daquela orquídea vermelha quero comprar uma muda dela me responde por favor
Resposta do Portal Cursos CPT
26 de jun. de 2013Olá, Andrey!
Agradecemos sua visita e comentário em nosso site.
Você pode encontrar a orquídea vermelha em floriculturas especializadas, com cultivadores de orquídeas e até mesmo na internet.
Atenciosamente,
Ana Carolina dos Santos