A nutrição é essencial para a vida saudável do bovino, gerando crescimento e ganho de peso regular. Mesmo animais de genética ruim podem manter a produção, mínima que seja, e animais doentes são mantidos vivos se receberem boa alimentação. Porém, nenhum animal, mesmo da melhor genética possível, pode continuar saudável sem alimentos de qualidade direcionados para sua dieta.
Para que haja um bom aproveitamento dos nutrientes, o produtor precisa conhecer as classificações dos mesmos e as categorias de alimentos que compõem a dieta dos bovinos de corte. O primeiro conceito a trabalhar é o de “matéria seca”. Se um alimento qualquer for colocado em uma estufa, a uma temperatura de 105ºC, até estar totalmente desidratado, ocorre uma perda em volume e peso, sobrando o que se convencionou chamar de matéria seca.
O professor Gilmar Ferreira Prado, no curso Alimentação de Gado de Corte, desenvolvido pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, explica que “matéria seca é o peso do alimento sem umidade. Com ela, é possível se basear no que diz respeito ao valor nutritivo e o balanceamento nutricional das dietas”.
A partir dela também pode ser obtido o resíduo mineral, que se consegue a partir do alimento que é aquecido até 550ºC, quando o mesmo se queima. A porção que entrou em combustão é a matéria orgânica do alimento.
O consumo de matéria seca (MS) dependerá da qualidade e palatabilidade do alimento disponível. Forragens verdes e grãos são mais bem aceitos do que forragens grosseiras, por exemplo. “Em média, pode-se estimar que o consumo de MS por animal adulto é de 2% do peso vivo, ou seja, um boi de 400 kg de peso vivo consome cerca de 8 kg de MS/dia”, afirma o professor, especialista em nutrição animal.
A influência da alimentação é muito grande em todo o processo produtivo da pecuária de corte. A escolha de diferentes sistemas de produção está diretamente dependente dos custos e da disponibilidade dos alimentos a serem fornecidos ao rebanho.
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