O brasileiro consome em média 120g de mel por pessoa/ano, uma quantidade muito baixa, se comparada com a de outros países, como a Alemanha, que ingere mais de 2,5k por pessoa/ano. Segundo o professor Hélio da Silva, da Universidade Federal de Viçosa, a produção nacional não consegue suprir a demanda interna, daí o consumo tão baixo.
Aproveitando o potencial do mercado, a ONG Rede Vidas, de Itueta, MG, em parceria com algumas entidades e o finaciamento da Petrobras, do Banco do Brasil e do Sebrae, pretende estimular a apicultura da região do Vale do Rio Doce, MG. Os recursos do projeto serão usados para a compra de equipamentos, montagem de salas de beneficiamento e produção do mel, e em cursos e assistência técnica.
O diferencial do mel produzido na região é que ele é orgânico. Cada município participante possui, até o momento, 50 colmeias, divididas em dois grupos. O objetivo é chegar a pelo menos 100 colmeias para a produção de mel e propólis, que devem alcançar uma renda mensal de 1.000 reais para cada família participante.
O professor Paulo Sérgio Cavalcanti, da Universidade do Sudoeste da Bahia e do curso Curso Planejamento e Implantação de Apiário, desenvolvido pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, explica que esta fase inicial é crucial para o sucesso do projeto.
Na verdade, os rendimentos de cada família podem ser maiores, dependendo dos investimentos feitos a médio prazo e do finaciamento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). No entanto, os produtores devem assumir o compromisso de conservar as nascentes das suas propriedades e ajudar na preservação do meio ambiente. O Sebrae está dando orientações sobre a comercialização e o escoamento da produção.
Por: Maria Clara Corsino.
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