Uma caramboleira pode produzir até 500 kilos de fruto.
Planta comum em quintais e pomares das regiões mais quentes do Brasil, a carambola nem parece que foi importada. Por aqui, há mais de dois séculos, adaptou-se bem ao nosso clima, ao solo e ganhou o gosto do brasileiro. Originária da Ásia, vem conquistando também a preferência de produtores, devido à boa aceitação no mercado.
Bonita e saborosa, é rica em vitamina C e minerais e tem poucas calorias. Nem precisa ser descascada para se comer. Se já não fosse o bastante, para o produtor, a carambola ainda oferece ótima produtividade e baixo custo de produção. Uma das mais promissoras regiões produtoras da fruta é o noroeste paulista.
Na região, o produto foi cultivado para a comercialização há trinta anos. Atualmente já são mais de mil pés. Para os pioneiros, nada foi fácil, pois ninguém conhecia muito sobre a carambola. Mas, com o tempo, eles fizeram uma seleção do melhor pé, do qual foram feitas mudas, explica Kiyoshi Shimazaki, primeiro produtor da fruta no noroeste paulista.
A seleção foi feita em parceria com a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq). A primeira muda foi batizada de C1, mas hoje, o pomar de Kiyoshi produz mais três outras, com sabores, cores e tamanhos diferentes. “Assim dá para agradar vários consumidores”, conta.
Uma única caramboleira pode render até 500 quilos de fruto. Mas o agrônomo Roberto Cekiya alerta que é necessário investir em manejo, pois apesar de não ter muitos problemas, é bom cuidar para que as plantas não sejam afetadas por pragas, como a mosca da fruta e a lagarta.
Por causa do sucesso da família Shimazaki, outros produtores da região se arriscaram, obtendo ótimos resultados. O pesquisador Dalmo Lopes de Siqueira, professor do curso Produção Comercial de Frutas em pequenas áreas, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, explica que não é preciso dispor de um grande espaço para se produzir a carambola. Segundo ele, a fruta pode ser rentável, mesmo em pequenas propriedades, em quase todos os lugares do país, e os custos são bem acessíveis.
Por: Maria Clara Corsino.
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