Boa notícia para o apicultor? a rentabilidade está cada vez maior

Você sabia que o Rio Grande do Sul é o maior Estado produtor de mel do país, responsável por 9,2 mil toneladas, seguido pelo Paraná (8,4 mil) e o Piauí (6,9 mil)? No total, 3.991 municípios registraram alguma produção de mel em 2021. A liderança é de Arapoti (PR), com 925,6 toneladas. Foram 55,8 mil toneladas, aumento de 6,4% na comparação com 2020.

O elevado índice de venda do mel brasileiro se deve a diversos fatores, mas dois possuem maior relevância. O primeiro é a certificação orgânica do produto, que faz com que ele tenha maior valor agregado, e o segundo, a certificação em Comércio Justo, que favorece a manutenção dos preços de venda do mel. A exportação do produto também cresceu com a maior oferta. Em 2020, 45 mil toneladas de mel foram enviadas para o exterior.

Os preços estão bastante positivos e favorecem aos pequenos produtores, que não dependem mais dos atravessadores. Os valores do mel para exportação são também um atrativo para que outros apicultores possam se integrar às cooperativas. Essa é uma forma de proporcionar mais garantias e também aumento na produção.

Isso sem contar que o mel não é o único produto das abelhas, como lembra o professor Paulo Sérgio Cavalcanti Costa, no curso Processamento de Mel Puro e Composto, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas. “Deve-se considerar a própolis, que tem uso medicinal; o pólen e a geleia real, considerados super alimentos; e, ainda, a apitoxina, com seu potencial de uso farmacêutico, além da cera”, destaca o professor, especialista em apicultura.

Com os altos preços do mel, a rentabilidade com a apicultura tem sido cada vez maior. Além das vendas para o mercado externo, os produtores podem comercializar com o governo, que também garante a manutenção dos preços. Os Estados Unidos foram o principal mercado comprador dos produtos apícolas, com 70,7% do total. Em seguida aparecem União Europeia (11,2%), Reino Unido (5,9%), Japão (4,7%) e Canadá (2,8%).

Por: Ariádine Morgan

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