Bananeiras com folhas murchas e amareladas? Falta de potássio!

O potássio (K) é o nutriente mais absorvido pela bananeira. É o nutriente responsável pela resistência das bananas ao transporte, pelo sabor adocicado e pelo decréscimo da acidez da polpa.

Talvez em função da grande exigência da cultura por esse nutriente, no campo, é muito comum se verificar a deficiência de potássio, o que fica caracterizado, inicialmente, pelo amarelecimento rápido e murchamento precoce das folhas mais velhas.

“Os primeiros sintomas da deficiência de potássio na bananeira sempre aparecem nas suas folhas mais velhas devido ao fato de ser esse nutriente um elemento móvel na planta”, explicam os especialistas da FRUPEX - Programa de Apoio à Produção e Exportação de Frutas, Hortaliças, Flores e Plantas Ornamentais do Brasil, professores do Curso CPT de Produção de Banana - Do Plantio à Pós - Colheita.

Vale informar que nem sempre o amarelecimento das folhas está associado à deficiência de potássio, pois existem outros problemas que podem causar esse amarelamento. Por isso, ao surgirem os primeiros sinais, deve-se fazer uma observação minuciosa de toda a planta, inclusive do seu sistema radicular, procurando verificar se este encontra-se em bom estado.

E então, o que fazer?

Pois bem, vamos lá. Além da análise química do solo, do acompanhamento das condições das plantas como um todo, faça uma análise do estado nutricional das folhas (análise foliar), que é a forma mais segura de se confirmar se há ou não deficiência, inclusive, de outros nutrientes.

Observe a deficiência de potássio da bananeira, também, pelo dobramento do limbo na ponta da folha, ficando este com um aspecto encarquilhado e seco. Mas, é o cacho, a parte da planta que é mais afetada diante da falta desse nutriente.

Isso, porque quando o fornecimento de potássio é diminuído, rapidamente ocorre uma redução no carboidrato translocado das folhas para os frutos e, mesmo quando os açúcares conseguem chegar até os frutos, a sua conversão em amido é feita de forma restrita.

Tudo isso se reflete na produção de frutos pequenos e cachos impróprios para comercialização, com maturação irregular e polpa pouca saborosa. A quantidade de potássio recomendada varia de 0 a 750 kg de K₂O/ha, dependendo dos teores de potássio encontrados no solo, da idade da planta e da produtividade esperada.

Por isso, recomenda-se fazer duas aplicações diferenciadas ao longo do ciclo da cultura. A primeira deverá ser feita ainda na fase de formação do bananal, aplicando-se, em cobertura, de 200 a 450 kg de K₂O/ha, por ocasião do segundo ou terceiro mês após o plantio das mudas.

Mas, quando os resultados da análise química do solo indicar que o teor de potássio presente no solo é inferior a 0,15 cmol c/dm³ (aproximadamente 59 mg/dm³), essa primeira aplicação deverá ser antecipada para os 30 dias após o plantio, podendo ser feita juntamente com a primeira aplicação de nitrogênio.

A segunda aplicação, por sua vez, é feita, quando as plantas encontrarem na fase de produção, aplicando-se de 100 a 750 kg de K₂O/ha.

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Por Silvana Teixeira.