“Quando a pastagem perde o potencial produtivo e não consegue se recuperar naturalmente ela está degradada. Em outras palavras, a degradação da pastagem ocorre no momento em que a produção de forrageiras declina a ponto de comprometer a manutenção do rebanho no pasto em dado período, destaca Adilson de Paula Almeida Aguiar”, zootecnicta e professor do Curso Recuperação de Pastagens - Método Direto.
Segundo pesquisadores da Embrapa, antes de proceder à recuperação da pastagem, é fundamental avaliar o nível de degradação na área. Com isso, os métodos surtirão os efeitos esperados, como restituição da pastagem às condições originais e reposição dos nutrientes essenciais ao bom desempenho produtivo das forrageiras.
Causas da degradação
São incontáveis as causas da degradação do pasto, como escolha de forrageira imprópria para a região; métodos de plantio equivocados; excesso de lotação de animais no piquete; práticas de conservação do solo inadequadas; falta de preparo do solo; erros na calagem e/ou adubação; manejo animal durante a formação da pastagem; uso contínuo do fogo para limpar o terreno; excesso de roçagens; falta de controle de plantas invasoras, pragas e doenças.
“São 100 milhões de hectares de pastagens, em níveis forte e muito forte de degradação, atualmente, no Brasil. Dos 172 milhões de hectares de pastagens brasileiras, 30% se encontram em níveis leves a moderados de degradação. Apenas 20% dos pastos do país não apresentam estágios de degradação”, ressalta Moacyr Bernardino Dias Filho, pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental.
Níveis de degradação
->Degradação leve: pasto com poucas áreas descobertas, mas com dificuldade para rebrotar (queda na capacidade de lotação de até 20%).
->Degradação moderada: pasto com poucas plantas invasoras e áreas descobertas (queda na capacidade de lotação de 21% a 50%).
->Degradação forte: pasto com muitas plantas invasoras ou várias áreas descobertas, quase sem forrageiras (queda na capacidade de lotação de 51% a 80%).
->Degradação muito forte: pasto com extensas áreas descobertas, sem forrageiras e com sinais de erosão (queda na capacidade de lotação acima de 80%).
->Degradação extrema: esse nível de degradação inviabiliza quaisquer métodos de recuperação (forte erosão e assoreamento de cursos d’água).
Métodos de recuperação
1. Método Integração Lavoura-Pecuária-Floresta: Alto investimento em preparo do solo, correção da acidez, reposição de nutrientes e capacitação profissional.
2. Método Silvipastoril: investimento em espécies florestais, com ou sem plantio de culturas agrícolas (ideal para propriedades menores).
3. Método Pousio: investimento com retorno a longo prazo (ideal para propriedades em recomposição de área de preservação permanente ou recuperação de margens de cursos d’água).
4. Método Simples: investimento em reposição da fertilidade do solo, sem preparo do solo nem replantio do pasto (o rebanho permanece na área). No caso de renovação, devem ser feitos preparo do solo, replantio da espécie forrageira e retirada do rebanho por três meses.
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Leia o artigo "Pecuarista, conheça a Técnica do Quadrado para a recuperação de pastagens."
Fontes: revistagloborural.globo.com; beefpoint.com.br
Por Andréa Oliveira.
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