A técnica do quadrado para a recuperação de pastagens só pode ser usada em pastagens manejadas em pastoreio alternado ou rotacionado. Para sua execução, são necessários pastos ou piquetes que passem parte do tempo vedados, sem a presença de animais, de forma que não seja necessário isolar com uma gaiola a área a ser medida, como ocorre nas áreas de pastejo contínuo.
“Como não há presença de animais, as plantas crescem continuamente até sua altura máxima, de forma homogênea em toda a área, ao contrário dos pastos onde os animais ficam continuamente, onde o crescimento é heterogêneo”, afirma Adilson de Paula Almeida Aguiar, professor do Curso a Distância CPT Manejo de Pastagens. A medição, portanto, é feita ao final do período de descanso/recuperação do piquete.
Para se estabelecer os limites da área de amostragem, são utilizadas molduras de madeira ou metálicas, de forma retangular ou quadrada, com uma área que pode variar de 0,10 m2 a mais de 2 m2, dependendo da espécie forrageira. Como são utilizadas pequenas áreas de amostragem por vez, em trabalhos de pesquisa, normalmente, faz-se necessária a tomada da medição em 10 a 20 pontos na área para aumentar a confiabilidade da amostragem.
Amostragens
No trabalho feito a campo, geralmente são medidas entre 5 e 10 amostras por pasto ou piquete, dependendo do grau de uniformidade da área. Quanto mais uniforme for a pastagem, menor será o número de medições necessário para que seja obtido um dado confiável sobre a produção da pastagem.
Tamanho das amostras
O tamanho das amostras e o número de pontos de amostragens foram amplamente estudados na época em que essa técnica começou a ser aplicada com mais frequência no Brasil. Penatti et al. (2001) desenvolveram um trabalho com o objetivo de levantar a influência do número de pontos amostrados e do formato e área da moldura em pastagem de capim Tanzânia irrigado, dividido em piquetes de 1.332 m2. O número de pontos amostrados variou de 2 a 9, e as áreas e formatos das molduras foram 0,25 m2 com formato quadrado (0,25 Q), 0,25 m2 com formato retangular (0,25 R), 1 m2Q e 1 m2R, 2 m2Q e 2 m2R. Apesar do menor coeficiente de variação ter ocorrido para 2 m2R, as diferenças com 1 m2Q não foram significativas, e essa moldura deveria ser adotada, por ser mais fácil de manusear. Em relação ao número de pontos a serem amostrados, concluíram que quatro eram suficientes.
Outros trabalhos também concluíram que amostras menores são cortadas mais rapidamente, são mais facilmente processadas e secam mais depressa que grandes quantidades de forragem.
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Por Silvana Teixeira.
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