O gado, antes de entrar no confinamento, deve ser vacinado contra aftosa, vermifugado, tratado contra ectoparasitas (bernes e carrapatos) e, ainda, de possíveis doenças regionais que podem acometer os bovinos.
“A pesagem também é uma prática que, se possível, deverá ser feita, para que se possa acompanhar de forma mais efetiva o ganho de peso, e assim monitorar o manejo”, afirma o professor Gilmar Ferreira Prado, do curso Engorda em Confinamento, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.
Os bovinos deverão ser divididos em lotes homogêneos quanto ao grau de sangue, sexo, estrutura corporal e grau de acabamento. Lotes heterogêneos fazem com que ocorra a dominância de alguns animais sobre o lote, prejudicando o ganho de peso dos menos favorecidos em peso e estrutura corporal.
É recomendável que os lotes não excedam a 100 cabeças/piquete. É interessante que a divisão dos lotes seja feita com números de animais múltiplos ao que os caminhões de transporte comportam. Se um caminhão tem a capacidade de transportar 18 cabeças, o lote poderá ter 54, 72, 90 cabeças, que correspondem a três, quatro, ou cinco caminhões, evitando que, na venda, fique um ou dois animais para trás.
O confinamento do gado deve ser, preferencialmente, realizado em regiões onde é fácil a aquisição e venda de bovinos. O curral de confinamento, que é o local onde os bovinos ficam alojados, deverá estar localizado o mais próximo possível do local de armazenamento do alimento que será disponibilizado aos animais, e do curral de manejo, facilitando as pesagens, vacinações, embarque e outros manejos necessários.
Essas instalações devem estar situadas em local retirado, longe de rodovias, ou com grande movimentação de pessoas, evitando, com isso, a diminuição do desempenho do gado por estresse. Por outro lado, deve haver acesso facilitado por boas estradas, considerando a circulação de caminhões que transportam gado e alimentos.
A instalação deve conter energia elétrica e água limpa e farta. Na construção, é importante considerar a possibilidade de instalações futuras em qualquer dos setores e evitar locais muito planos ou declivosos, de ventos muito predominantes (expansão do odor) e próximos a córregos e rios, que podem ser contaminados pelos dejetos dos animais, afetando o meio ambiente.
Não se deve esquecer de estruturas de coleta de fezes e urinas na instalação (tanques de sedimentação e de drenagem), e, nas áreas de cultivo, estruturas de conservação do solo, como curvas de nível, terraços, entre outros. Esses são fatores importantes para a conservação do solo e para o controle da poluição, e dizem respeito à sustentabilidade do sistema de produção.
O centro de manejo ou curral de manejo deverá ter, para o melhor manejo dos bovinos, curral com tronco individual (brete), balança, apartador, seringa, tronco coletivo, e piquetes de espera. O local de armazenamento do alimento é a área que contem as sacarias, fenis e silos graneleiros.
É importante, também, na propriedade, uma área para a produção de alimentos (milho, sorgo, capineiras, e outras lavouras), de preparo do alimento, e de depósito de máquinas e equipamentos, como tratores, picadeiras, carretas entre outros.
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Por Silvana Teixeira
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