O manejo no confinamento do gado deve ser feito sempre de forma calma, evitando que os bovinos se estressem e que ocorram acidentes. As vacinações, pesagens, o embarque, desembarque e transporte também devem ser feitos de maneira cuidadosa, evitando edemas e machucados, que venham a prejudicar a qualidade da carne, especialmente de cortes nobres.
“Se isso acontece, o confinador é penalizado com perda de parte da remuneração referente à quantidade de carne danificada. Se isso acontece com frequência, o prejuízo para o pecuarista é muito grande”, afirma o professor Gilmar Ferreira Prado, do curso Engorda em Confinamento, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.
A observação da aparência e comportamento dos bovinos deve ser uma rotina diária. Qualquer mudança nesses dois fatores poderá ser um indicativo de algum problema. Os bois doentes e problemáticos deverão ser separados do lote para tratamento, e devem retornar, somente, após total recuperação.
Em geral, bois doentes têm dificuldade em se alimentar, não conseguindo garantir espaço no cocho na competição com os outros animais do lote. Com isso, tende a ficar cada vez mais magro, e a desnutrição acaba deteriorando ainda mais sua condição de saúde.
Manejo do arraçoamento
No início do confinamento, entre 7 e 14 dias, os bois não estão habituados ao alto consumo de alimentos, característico do confinamento e necessário para se obter um ganho de peso expressivo. O fornecimento da ração (considerando a palavra “ração” como o conjunto de alimentos fornecidos aos animais diariamente) deve, então, ser ajustado de acordo com a evolução do consumo, aumentando, gradativamente, a quantidade diária da ração para cada lote de animais confinados.
O excesso e a falta de ração no cocho resultam sempre em prejuízos. A ração deve ser fornecida de forma completa, misturada de forma homogênea, evitando o consumo seletivo pelos animais, já que é normal os animais consumirem primeiro o alimento concentrado e os mais palatáveis.
Do total a ser fornecido, 60 a 70% da ração deverá ser distribuída no trato à tarde, a partir das 15h, de forma que, na manhã seguinte, ainda existam sobras no cocho. O restante deve ser fornecido pela manhã, certificando-se de que, por volta do meio dia, o cocho esteja praticamente vazio. Caso após o meio dia haja sobra de ração, deve-se retirá-la antes do fornecimento do trato da tarde. Esse sistema permite que os animais tenham sempre ração fresca e cochos limpos, evitando-se diminuição do consumo por causa de fermentação dos alimentos.
Manejo de reagrupamento de lotes
Após apartar e vender todos os bois em bom estado de terminação, podem sobrar animais do lote que ainda não chegaram ao peso de venda. A união de dois lotes deverá ocorrer somente com o gado de meio e de fundo.
Bois de cabeceira nunca devem ser remanejados e juntados com animais de outro lote, pois a disputa pela dominância causa estresse e redução do consumo de ração, resultando certamente em diminuição do ganho, e, na maioria das vezes, em perda de peso. Estes animais deverão sair direto para o abate. Deve-se juntar bois originários de três ou quatro lotes de cada vez, com tamanho e estado de terminação semelhantes.
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Por Silvana Teixeira
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