O confinamento é um sistema de criação de bovinos, no qual lotes de bois são alojados em uma área restrita. No confinamento, os alimentos e água necessários à sobrevivência dos bovinos são fornecidos no cocho.
A área limitada, o alto custo das terras próximas às metrópoles e, principalmente, estacionalidade de produção de forragens, nas pastagens na estação seca, são alguns fatores que levam muitos pecuaristas a confinar seus animais.
“Nesse sistema, é fundamental a disponibilidade de alimentos em quantidade e qualidade; animais com potencial de ganho de peso; infraestrutura mínima adequada; e, principalmente, um bom gerenciamento (para possibilitar melhores condições de planejamento e controle da atividade)”, afirma o professor Gilmar Ferreira Prado, do curso Engorda em Confinamento, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.
Normalmente, o confinamento é utilizado na terminação de bovinos. Como essa é a fase que antecede ao abate, conclui-se que está inteiramente ligada ao acabamento e à qualidade da carcaça que será comercializada.
No entanto, o sistema de confinamento depende de outras fases da produção, para que seja possível produzir carne de qualidade. Para ter bons produtos do confinamento, são necessários animais sadios, com bom desenvolvimento muscular e com potencial de ganho de peso, fatores que somente a genética e o manejo adequado dos animais, nas etapas de criação anteriores ao confinamento, podem dar.
No confinamento, podem ser utilizados animais de diferentes categorias e idades, desde bezerros desmamados (novilho super precoce), novilhas e novilhos em recria, bois magros, garrotes até vacas de descarte. Por serem animais de baixa exigência nutricional, as vacas de descarte respondem bem ao sistema de confinamento, sendo, entretanto, mais usual no confinamento a utilização de novilhos e de bois magros. Os bovinos devem, preferencialmente, apresentar condições de abate após o confinamento, ou seja, peso aproximado de 500 kg, com camada de gordura na carcaça de aproximadamente 2,0mm.
Como sistema, o confinamento permite que se reduza o período de engorda do boi magro para 90 dias, aumentando a eficiência produtiva do rebanho e, consequentemente, um giro mais rápido de capital; disponibiliza áreas de pastagens para outras categorias durante o período seco do ano; flexibiliza a produção (quando os preços não forem satisfatórios, há a opção de não confinar); e, diferentemente dos outros sistemas, permite a comercialização dos bois no pico da entressafa, quando os preços de carne tendem a ser mais compensadores.
O planejamento é a base para a implantação da engorda em confinamento. No planejamento, são considerados aspectos relacionados à infraestrutura, como instalações, energia, água, e outros, mercado (preço dos animais magros a serem comprados e posteriormente vendidos após a engorda, quando comprar e quando vender), mão de obra (peões e consultoria técnica), meio ambiente (escoamento das águas e localização), e alimentos (preparo de culturas para servirem como fonte de volumosos, conservação da forragem produzida até seu uso, aquisição de alimentos concentrados, suplementos, medicamentos, e outros). O estudo de todos os fatores, contidos no planejamento, permitirão escolher a melhor alternativa a ser implementada.
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Gado de corte - tipos e características de animais para confinamento
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Gado de corte - correto manejo no confinamento dos bovinos
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Por Silvana Teixeira
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Comentários
cleverson duarte
1 de nov. de 2016Boa tarde silvana e o pessoal do site, eu tenho uma chácara de 1 alqueire, é muito pequena e eu queria saber se tem como eu ter uns bois ou vacas no confinamento, eu sei pouco sobre confinamento e queria saber com vc se tem como eu fazer um investimento nessa minha chácara pra confinamento, será que vale a pena? Grato e por favor me respondam, obrigado
Resposta do Portal Cursos CPT
3 de nov. de 2016Olá Cleverson,
Agradecemos sua visita e comentário em nosso site. Para mais informações recomendamos que entre em contato com um médico veterinário e um zootecnista, eles poderão fazer uma análise e verificar se é viável este tipo de criação em sua chácara.
Atenciosamente,
Ana Carolina dos Santos
