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Formigas cortadeiras e lagartas dos cafeeiros - reconhecimento e controle

Além das formigas cortadeiras, o cafeeiro é hospedeiro de lagartas de muitas espécies, algumas delas urticantes, que causam queimaduras (dermatite urticante) nos trabalhadores, bem como sérios prejuízos às lavouras de café

As cortadeiras e/ou carregadeiras são menores que os soldados e maiores do que as jardineiras, cortam e transportam os pedaços de folhas para os sauveiros. Foto:reprodução.

As formigas cortadeiras e causam prejuízos às grandes culturas, aos reflorestamentos, aos horticultores, às pecuárias de corte e leite (pastagens), inclusive aos pequenos sitiantes e proprietários de chácaras e casas-de-campo. Além das formigas, o cafeeiro é hospedeiro de lagartas de muitas espécies, algumas delas urticantes, que causam queimaduras (dermatite urticante) nos trabalhadores. Estas são conhecidas como taturanas ou lagartas-de-fogo.  Já a lagarta-dos-cafezais, de coloração variável (verde, alaranjada, marrom e preta), não é urticante, mas, da mesma forma, é uma praga que causa sérios prejuízos ao cafeeiro.

Formigas cortadeiras

As formigas cortadeiras pertencem à mesma ordem das abelhas, Hymenoptera, sendo a ordem mais evoluída dos insetos. Sua organização social é constituída por formas aladas (reprodutoras), denominadas de içás ou tanajuras (fêmeas) e bitus (machos), os quais ocorrem em revoadas após as primeiras chuvas na primavera. São eles os responsáveis pela formação de novos formigueiros. No entanto, de todos os adultos emergidos, somente 0,05% conseguem formar novos formigueiros, já que a quase totalidade (99,95%) é destruída pelos predadores (pássaros) durante o voo. Já os indivíduos ápteros (sem asas) são representados pelos soldados, cortadeiras e/ou carregadeiras e  jardineiras.

Os soldados responsáveis pela defesa de colônias apresentam a cabeça maior e robusta mandíbula. As cortadeiras e/ou carregadeiras são menores que os soldados e maiores do que as jardineiras, cortam e transportam os pedaços de folhas para os sauveiros. Estas são fungívoras, isto é, alimentam-se de um fungo, o qual é cultivado no interior do formigueiro pelas jardineiras.  Estas últimas trituram as folhas e, sobre este material, cultivam o fungo. São as únicas responsáveis para o cultivo do fungo, por possuírem mandíbulas retas.

Controle das formigas cortadeiras

Quenquéns

O controle das formigas quenquéns é bem mais simples e é feito mediante a localização do ninho ou formigueiro e a sua destruição mecânica por meio da escavação com enxada e aplicação de um inseticida diluído em água, com auxílio de um regador, sobre a panela do fungo. Da mesma forma,  podem ser controlados com a introdução de formicidas em pó nos olheiros controlados com aplicadores próprios ou pela aplicação de iscas granuladas à base de fipronil (Blitz) ou sulfuluramida (Mirex S), colocado ao lado das trilhas próximas aos “olheiros” ativos, com tempo seco. As primeiras têm apresentado melhor eficiência no controle das formigas cortadeiras (quenquéns e saúvas).

“Torna-se importante mencionar que as iscas granuladas não matam rapidamente as formigas. Assim, uma vez aplicadas nas trilhas e transportadas para o interior do formigueiro, atuam por ingestão sobre as jardineiras”, afirmam os professores Júlio César de Souza e Paulo Rebelles Reis, do curso Pragas do Cafeeiro – Reconhecimento e Controle, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.

No interior do formigueiro, as iscas são distribuídas nas panelas de fungo pelas jardineiras, que ingerem o tóxico e passam às demais pelo processo de regurgitação (alimentação boca-a-boca). Com isso, essa casta se intoxica e morre dentro de quatro a cinco dias. Assim, o formigueiro perde os indivíduos capazes de cultivar o fungo e a colônia de fungo perece. Havendo falta de alimento (fungo), as demais castas irão também morrer por inanição (falta de alimento) e, dentro de três a quatro semanas, toda a colônia estará extinta.

Saúvas

As formigas saúvas podem ser controladas pelas iscas granuladas, por termonebulização (“fog”) ou por alguns formicidas fosforados disponíveis no mercado e registrados para tal, em pó (aplicados com bomba manual) ou diluídos em água, aplicados diretamente nos olheiros ativos. O controle via termonebulização (“fog”) e os formicidas diluídos em água podem ser aplicados na época seca ou chuvosa. Como o termonebulizador é muito eficiente no controle de formigas cortadeiras, o ideal seria comprar esse equipamento em conjunto, o qual seria utilizado, rotineiramente, em todas essas propriedades associadas, diminuindo os custos.

A lagarta-do-cafezal se alimenta do ápice dos ramos do cafeeiro, sendo muito voraz. Foto: reprodução.

Lagartas

O ciclo para qualquer espécie de lagarta, seja ela urticante ou não, é chamado de holometabólico, ou seja, passa pelas fases de ovo, lagarta, crisálida e adulta. É uma metamorfose denominada  completa, já que apresenta todas as fases, em número de quatro. Assim, torna-se importante informar que quaisquer lagartas presentes em cafeeiros nasceram (eclodiram) de ovos postos em sua parte aérea por mariposas (bruxas), sua fase adulta. Os adultos voam à noite para se acasalarem e as fêmeas botarem ovos nas folhas, geralmente agrupados (juntos), ou não, dependendo da espécie. Por apresentarem hábitos noturnos, durante o dia não se vê adultos colocando ovos em cafeeiros. À noite, na época de sua ocorrência, as mariposas são atraídas pelas luzes de residências e de postes de iluminação nas cidades e na zona rural.

As lagartas geralmente ocorrem no período fevereiro-maio, ocasião em que as lavouras devem ser inspecionadas para constatá-las no campo. Ainda, a presença de fezes no chão, junto aos cafeeiros, indica a sua presença. Em outras épocas do ano, podem ocorrer em número insignificante, passando praticamente despercebidas. O importante é constatar sua ocorrência ainda no início de sua fase, época em que se apresentam diminutas, sem ainda terem consumido folhas em quantidade. Deve-se mencionar para o caso das espécies de Automeris, que apresentam lagartas verdes urticantes que, inicialmente, ainda pequenas, são de coloração escura. Depois, tornam-se amareladas e já mais desenvolvidas, adquirem a coloração verde definitiva. Esse detalhe ajuda a constatá-las nos cafeeiros, agrupadas, ainda pequenas, geralmente na parte inferior das folhas.

Controle das lagartas

A EPAMIG recomenda aos cafeicultores não controlar quimicamente as lagartas nas lavouras, procurando assim esperar pelo término de sua fase de lagarta e, consequentemente, de sua alimentação. O controle químico por meio de pulverizações com inseticidas em toda a lavoura infestada, além de caro, poderá causar um sério desequilíbrio posteriormente, com a ocorrência de outras pragas, como o ácaro vermelho. Assim, qualquer medida de controle químico, se optada, para algum talhão de lavoura de café muito infestado por lagartas, deve ser aplicada, preferencialmente, quando elas ainda se encontrarem muito pequenas, no início de sua fase, ocasião em que serão mortas mais facilmente pelos inseticidas aplicados, principalmente os biológicos, à base de Bacillus thuringiensis, por exemplo. Outro inseticida que pode ser aplicado em pulverização, visando ao controle de lagartas é o Clorpirifós etil (Lorsban, Vexter, Clorpirifós, Astro, Sabre).

De todas as espécies de lagartas que atacam o cafeeiro, duas delas preocupam já que, além de consumirem folhas, destroem também as extremidades de ramos: o bicho-cesto, cujas lagartas cortam ramos para confeccionar o seu cesto, bem como a lagarta-dos-cafezais, que também se alimentam do ápice dos ramos, sendo muito voraz. Quando em alguma ocasião ocorrerem em alta infestação em um determinado talhão de sua lavoura de café, em um grande número de lagartas por cafeeiro, se não controladas quimicamente, poderá resultar em uma desfolha total dos cafezais, inclusive com a seca de ramos e chochamento de frutos.

Confira mais informações, acessando os cursos da área Cafeicultura.

Por Andréa Oliveira.

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