Os militares que se engajaram no golpe de 1964 imaginavam que estavam lutando pelo bem do país. Alguns jovens que escolheram o caminho da luta armada para combater o golpe de 64, e que defendiam a ditadura de esquerda, implantada em Cuba, por Fidel Castro, imaginavam que estavam lutando pelo bem do país.
Segundo Lerrer Rosenfield, professor de filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em seu artigo - Verdade e Perdão - “Verdade significa reconstituição isenta e imparcial dos fatos que possa servir ao aprendizado que um país deve empreender de sua própria história. Qualquer parcialidade pode significar perda de isenção, que repercute sobre os próprios fatos que se procura reconstituir”. E mais: “Optou a comissão da verdade por investigar os crimes, certamente atrozes, produzidos nos porões da ditadura militar, como assassinatos e prática de tortura. Teria dado credibilidade a si mesma e fornecido, ademais, um exemplo para a nação se tivesse conferido a mesma isenção à violência cometida pelos militantes da luta armada, que tencionavam estabelecer no país uma ditadura comunista/socialista”.
A nação brasileira tem direito à verdade plena.
Acilio Lara Resende
Jornalista
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