Em uma visão bem romântica e popular, para se entender de vez como se dá o envelhecimento temos de ouvir o nosso caprichoso mestre – o tempo. Nossa vida é composta de ciclos. No primeiro ciclo, primeiros 30 anos é como ver uma paisagem pela janela de um avião – tudo passa lentamente. No segundo ciclo, dos 30 aos 60 anos, é como ver a paisagem pela janela de um carro em alta velocidade – tudo passa freneticamente. No terceiro ciclo, após os 60 anos de vida, percebemos que este senhor – o tempo - nos conclama a olharmos para trás e a refletirmos sobre o turbilhão das coisas que nos acelerou e nos acalmou, sobre o que vivemos e fizemos, e que estão marcados na nossa face. "Sim, é a face que mostra a marca de todos os movimentos", afirma Renan Sallazar, professor do Curso a Distância CPT Capacitação de Cuidador de Idosos.
É o momento de viver outro ciclo – o tempo de colher o que plantamos desde cedo na vida. E quem nos diz isto é a movimentação do que está por vir. O mesmo tempo que causou o desgaste arruma tudo. E, novamente, no quarto ciclo, somos interpelados pelo mesmo mestre, que não para - o tempo.
É hora de procurarmos saber como e por que nosso corpo muda com a idade. Essa indagação nos ajuda a desencorajar alterações nas funções das células, dos tecidos e órgãos que o debilitam. Esse conhecimento ajuda na tomada das medidas certas para interromper o desenvolvimento das chamadas vilãs do século XXI - obesidade, diabetes, hipercolesterolemia, hipertensão - e ainda das doenças oculares, deficiências do aparelho bucal, da pele, da cognição e outros, que são mais comuns com o avançar da idade.
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Por Silvana Teixeira.
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