A displasia coxofemoral acomete todas as espécies, principalmente cães de grande porte. Também pode ocorrer em gatos, porém é mais raro, explica Sâmara Turbay Pires, professora do Curso CPT Ultrassonografia e Radiologia em Pequenos Animais.
Ocorre devido a uma doença hereditária poligênica, com alterações fenotípicas ocorrendo cedo e tardiamente.
As alterações podem ser agravadas por fatores ambientais, como a nutrição inadequada, exercícios forçados e pisos escorregadios.
O desenvolvimento anormal da articulação coxofemoral dos animais leva a uma disparidade/lassidão articular, ou seja, incongruência entre a cabeça do fêmur e o acetábulo. Isso desenvolve uma doença articular degenerativa.
O diagnóstico da displasia coxofemoral pode ser feito a partir dos 4 meses. Entre 12 e 18 meses, é realizada a avaliação prévia.
Somente após 24 meses, é obtido o laudo definitivo: 95% dos animais com displasia são diagnosticados.
Importante:
• A radiografia para o laudo oficial deve ser examinada por um dos radiologistas credenciados pelo COLÉGIO BRASILEIRO DE RADIOLOGIA VETERINÁRIA (CBRV).
• Recorre-se a um segundo e último diagnóstico, submetido ao júri da Displasia Coxofemoral do Comitê Científico da Federação Cinológica Internacional.
A projeção radiográfica que deve ser realizada é a ventrodorsal. Para isso, o animal deve estar em contenção e anestesiado. O membro posterior deve ser bem esticado e rotacionado medialmente.
Observações que devem ser feitas para realizar a radiografia:
• Técnica radiográfica: observação das trabeculações ósseas, principalmente na região coxofemoral.
• Colocar toda a identificação do paciente: número de pedigree, nome, idade, etc.
• Incluir no exame toda a pelve e as articulações femurotibiopatelares: tentar incluir desde a região da asa do ílio até a região da patela.
• Os membros devem ser tracionados e rotacionados medialmente.
Dicas para o posicionamento correto do animal durante a realização do exame:
• Patelas nas trócleas femorais.
• Asas do ílio simétricas.
• Forames obturadores iguais em tamanho e com contornos simétricos.
• Manter a cauda do animal o mais reta possível.
O animal deve estar muito bem posicionado na radiografia, pois, para a displasia coxofemoral, é avaliado o ângulo de Norberg, que mede a angulação entre a cabeça do fêmur e o acetábulo. Em animais normais, deve ser de ≥ 105°.
Alterações radiográficas.
As alterações radiográficas também servem para a identificação da displasia coxofemoral.
Os animais com displasia apresentarão:
• Incongruência entre as cabeças femorais e o acetábulo.
• Arrasamento acetabular. • Menos de 50% da cabeça do fêmur dentro do acetábulo (subluxação e luxação).
• Alterações morfológicas da cabeça e colo femorais (osteófitos).
• Linha de Morgan: espessamento da cápsula articular.
Classificações da displasia coxofemoral:
• Grau A (HD-): articulações coxofemorais normais.
• Grau B (HD+;-): articulações coxofemorais próximas da normalidade.
• Grau C (HD+): displasia coxofemoral leve.
• Grau D (HD ++): displasia coxofemoral moderada.
• Grau E (H.D. +++): displasia coxofemoral severa.
Esquema da incongruência entre a cabeça do fêmur e o acetábulo.
Quer se destacar na área veterinária? Não perca tempo!
A chave para o sucesso está na capacitação profissional! Descubra tudo que o Curso CPT Ultrassonografia e Radiologia em Pequenos Animais tem a te oferecer.
✔️ Conteúdos específicos e atualizados.
✔️ Orientações práticas e técnicas fundamentais.
✔️ Caminho certo para o sucesso profissional.
Não espere mais! Invista em você e alcance o sucesso profissional!
Conheça agora os Cursos na Área de Medicina Veterinária.
Por: Thiago de Faria
Este conteúdo pode ser publicado livremente, no todo ou em parte, em qualquer mídia, eletrônica ou impressa, desde que contenha um link remetendo para o site www.cpt.com.br.
Cursos Relacionados
Deixe seu comentário
Informamos que a resposta será publicada o mais breve possível, assim que passar pela moderação.
Obrigado pela sua participação.