Como é o sistema de distribuição elétrica em edifícios residenciais?

O padrão residencial é instalado para fornecer energia a uma única residência, enquanto o padrão predial é projetado para atender várias habitações dentro de um edifício. Nesse padrão, são instaladas derivações para múltiplos medidores de energia. Assim, embora todas as residências do prédio compartilhem o mesmo disjuntor geral predial, cada uma possui seu próprio medidor e disjuntor individualmente, explicam os professores Alex de Freitas Bhering Cardoso e José Dermeval Saraiva Lopes, do Curso CPT Capacitação de Eletricista - Instalação Elétrica de um Prédio Residencial. 

Os medidores dos apartamentos podem ser instalados de duas maneiras:

1. Centralizada: Os medidores podem ser colocados em um único local, podendo ser na parede voltada para a via pública ou em uma parede interna da edificação.

2. Por andar: Os medidores podem ser instalados no hall de cada andar do prédio. Neste caso, número de medidores será igual ao número de apartamentos daquele andar. Essa forma de instalação é demonstrada no curso.

Representação externa do padrão de entrada do edifício.

O caminho dos condutores elétricos, do poste até o prédio, é feito da seguinte forma:

1. Os alimentadores do ramal de entrada saem do poste.

2. Descem pelo eletroduto de aço galvanizado.

3. Passam pelo eletroduto de PVC enterrado até chegar à caixa de inspeção localizada em frente à entrada do edifício.

4. A partir dessa caixa, os alimentadores seguem por outro eletroduto de PVC enterrado, que entra no prédio.

5. Os condutores sobem por uma área onde será construída uma parede para proteger as escadas, até alcançar o padrão-geral no primeiro pavimento.

6. A partir do padrão de entrada geral, os condutores são derivados para os apartamentos.

O projeto representado na Figura acima é um padrão trifásico, composto por três fases e um neutro. Essa configuração é evidente no eletroduto por onde os alimentadores do poste chegam.

As fases são direcionadas ao Protetor Geral (P.G.), onde se conectam aos disjuntores pela parte superior, em conformidade com a norma da concessionária local. Esses disjuntores são responsáveis por acionar e desligar a energia de toda a edificação.

Antes de chegarem à caixa do Protetor Geral (P.G.), as fases são desviadas para a caixa do condomínio. Essa derivação é importante, pois permite que o condomínio mantenha o fornecimento de energia mesmo após o desligamento dos disjuntores gerais do P.G. Isso é fundamental para garantir o funcionamento de dispositivos como luzes de emergência, portões eletrônicos e sistemas de bombeamento de água em situações de emergência.

Após passarem pela parte inferior dos disjuntores gerais da caixa P.G., as fases são direcionadas para o Protetor por Pavimento (P.P.). Este dispositivo é responsável por controlar o fornecimento de energia elétrica apenas para o andar onde está localizado. A partir da caixa de P.P., são feitas as conexões para os medidores individuais dos apartamentos.

Essa estrutura, que inclui a caixa de P.P. e as conexões para os medidores dos apartamentos, é repetida em cada um dos andares superiores.

Na imagem, ainda consta a representação do aterramento do padrão destacada em cor laranja.

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Por: Thiago de Faria