
O empresário, antes de inaugurar o restaurante self-service, chama o padre para dar a bênção inicial, preocupado que estava em contar com a providência divina. O negócio começa a funcionar e, meses depois, diante de resultados desastrosos, torna público o motivo do seu fracasso: “aquele padre foi o culpado pelo meu infortúnio; mesmo trabalhando horas a fio, fechando na hora do almoço apenas para dar um cochilo, a empresa não suportou a concorrência. E agora, quem poderá me defender?”.
Atitude comum em momentos de crise, desperdiçamos muito tempo à procura de culpados pelo fracasso do empreendimento, materializados talvez no sistema tributário, sistema econômico e legislação desfavorável. Mas, ao ler os jornais, assistir a TV, a maioria dos prognósticos são muito favoráveis para a economia, com números bastante animadores. Ou os economistas não sabem o que falam, ou os empresários ainda não se posicionaram diante da nova realidade brasileira. À luz das transformações do novo milênio, o que fazer para crescer?
Estamos longe de onde podemos chegar, mas melhores do que jamais estivemos. A realidade mostra-se mais generosa do que as previsões. Do outro lado do balcão, há consumidores dispostos a pagar mais caro pelo produto/serviço, desde que atendam suas necessidades. O preço não é o único argumento de venda. Sua empresa deve trilhar um caminho próprio, ter competência para satisfazer o cliente, o que gera lucro e a mantém no mercado.
Mas a base da competência está no conhecimento adquirido. A agenda do século XXI é: internet, produtividade, competitividade. O modelo organizacional do futuro, que já toma forma, é aquele baseado na coleta e no tratamento da informação para tomada de decisões, que se torna a maior vantagem diante do concorrente, na nova economia. Lembre-se que existem mais pessoas disputando a mesma fatia do bolo, e ganha mais quem tem maior capacidade de gerar resultados, ou seja, quem faz melhor uso das informações.
Muitas empresas estão “sendo conduzidas”, ao invés de “conduzirem” o seu negócio. Antes de colocar a culpa no padre, avalie o quanto você conhece do que faz, de que volume de informações dispõe e, o que é decisivo para o sucesso: como as utiliza. O supremo desafio para quem abre o seu próprio negócio é aproveitar da melhor forma todos os momentos e situações para crescer, crescer sempre.
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Por Silvana Teixeira.
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