A erosão é um processo tão antigo quanto a Terra e é de grande importância para a formação da paisagem e para o rejuvenescimento dos solos. Apesar de ser um processo natural, torna-se um problema em níveis danosos ao ambiente quando é acelerada. Além disto, ela é responsável pelo desgaste e empobrecimento dos solos agrícolas, reduzindo a possibilidade das culturas e exigindo cada vez mais o uso de adubos e corretivos.
Embora seja um processo natural, a erosão culmina na perda progressiva do solo com a intervenção humana. Para se ter ideia, em tempos remotos houve uma aceleração do processo erosivo dos solos com a ocupação humana na superfície da Terra, agravado ainda mais com o início das práticas da agricultura e pecuária. Esse processo foi se tornando cada vez mais pernicioso, a ponto de o homem sentir a necessidade de seu controle.
A erosão por si só já desencadeia uma série de problemas socioambientais e quando é provocada devido a intervenção errada do homem, então, tem seus estragos triplicados:
- enchentes, como resultado da menor infiltração de água no solo e maior; e
- escoamento superficial; mortes de espécies da flora e fauna, por causa do assoreamento dos rios; e danos econômicos significativos.
Deve-se destacar, também, a contaminação dos recursos hídricos, uma vez que a água que não infiltrada no solo carrega consigo matéria orgânica e, possivelmente, produtos químicos, tais como fertilizantes, agrotóxicos e corretivos, contaminando os rios e riachos. Esse fato demanda atenção da sociedade, já que a água consumida provém desses lugares.
Fica, enfim, a pergunta: diante do exposto, a erosão deve ser considerada ré ou vilã dos solos, da natureza e do homem?
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Por Silvana Teixeira.
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