Prof. Nelson
Fernandes Maciel
Diretor-Presidente do CPT
Um dos principais trabalhos que realizamos junto ao CPT - Centro de Produções Técnicas é a identificação do interesse e necessidade de treinamento e tecnologias para o produtor rural brasileiro.
Os projetos a serem desenvolvidos, filmes e livros, originam deste estudo de demanda que utiliza vários métodos como: pesquisas constantes junto aos nossos clientes; visitas às propriedades rurais em todo país; conhecimento da realidade agrícola e várias outras formas.
Esta experiência de longos anos nos permite dizer que precisamos promover o desenvolvimento agropecuário imediato e fazê-lo em favor de todos os produtores. Os nossos produtores precisam ser muito mais eficientes para se tornarem competitivos e com a atividade rentável; não só pela globalização, abertura das fronteiras e Mercosul, mas pela potencialidade em oferecer uma enorme contribuição para solução de grandes problemas nacionais.
Temos um país imenso, muita terra, um enorme contingente de pessoas desejosas de trabalhar, de superar-se e de progredir; muitas tecnologias eficazes, condições climáticas e, principalmente, urgência de transformação. Não precisamos esperar que os nossos problemas sejam resolvidos por outras nações ou empresas multinacionais tecnificadas e, tão pouco, pela maioria dos políticos brasileiros que possuem outros interesses.
Falta levar adiante uma estratégia de desenvolvimento prática, com medidas compatíveis com nossos produtores que não estão solicitando perfeccionismos inalcançáveis, mas reivindicam que o governo lhes proporcione conhecimento, pois já perceberam que este é o fator mais importante para o desenvolvimento.
No nosso entendimento, esta é uma questão tecnológica e gerencial sobre todos os elos da cadeia agro-alimentar, desde o acesso aos insumos até a transformação dos produtos e a comercialização, que deverá ser resolvida pela atuação direta das Universidades, Centros de Pesquisas e Órgãos de Extensão.
Temos um país imenso, muita terra, um enorme contingente de pessoas desejosas de trabalhar, de superar-se e de progredir.
É imprescindível boas tecnologias, bons extensionistas e que, por sua vez, exigem que as Universidades formem profissionais em condições de atender às necessidades e possibilidades dos produtores. Neste processo, todos os pesquisadores, docentes e extensionistas devem estar comprometidos.
Cada pesquisador deverá gerar tecnologias que respondam às circunstâncias reais que, na maioria das vezes, são simples. Cada professor deverá se preocupar em formar profissionais criativos, práticos, comprometidos e realistas e, ainda, que dediquem um pouco do seu tempo a elaborar materiais com informações para o produtor pois, afinal, são eles que movimentam a máquina agrícola brasileira.
O maior potencial de mudanças e com maior efeito irradiador para dentro das propriedades agrícolas está nas Universidades de Ciências Agrárias e cada um de seus membros precisa tomar consciência disto. As mudanças devem começar já e, de baixo para cima, mesmo com as condições adversas de hoje e os poucos recursos disponíveis, porque o mais provável é que amanhã estaremos com estas mesmas condições.
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