O mundo inteiro está de olho no Brasil porque já sabe que somos um dos principais produtores/exportadores de alimentos. Sabe, também, que estamos utilizando 43 milhões de hectares de área para cultivo de grãos e criação de gado de corte, menos da metade dos 90 milhões de hectares de que dispomos. Nenhum outro país possui tão grande área com tamanho potencial de crescimento das fronteiras agrícolas.
A frase "Brasil, celeiro do mundo" utilizada como slogan nacional na ditadura Vargas (1937 a 1945), desacreditada em decorrência de tantos desmandos e má administração de nossos governantes, hoje é ressuscitada em virtude dos resultados alcançados pelo nosso agronegócio e pelo Relatório Mundial de Commoditie 2003-2004, divulgado pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD - United Nations Conference on Trade and Development). O relatório afirma que o Brasil tem tudo para se tornar o principal produtor/exportador de produtos agrícolas do planeta dentro de 12 anos.
O agronegócio brasileiro é o único setor superavitário da economia, por vários anos consecutivos. A safra de grãos 2002/2003 ultrapassou os 120 milhões de toneladas e a nossa exportação de carne bovina deverá ocupar o primeiro lugar no ranking mundial, ainda este ano, ultrapassando as exportações da Austrália.
Realmente, a nossa situação é privilegiada. Temos excelente área agricultável, tecnologia e tradição agrícola e pecuária. O que falta, então, para que as previsões do relatório da UNCTAD sejam confirmadas e aconteçam bem antes do estabelecido? "Se queres colher a curto prazo, planta cereais; se queres colher a longo prazo, planta árvores frutíferas; mas, se queres colher para sempre, treina e educa o homem." Este é um provérbio conhecido há milhares de anos, que nunca esteve tão em evidência quanto agora.
É isso mesmo, esse é o caminho: acesso à tecnologia, treinamento e capacitação de nossos produtores rurais, para que eles possam melhorar as técnicas de produção, processamento, manejo, armazenamento e comercialização, tornando a agropecuária rentável e cada vez mais competitiva, em nível internacional.
É necessário um treinamento eficaz e objetivo para que seja alto o índice de fixação de conhecimento, motivando e provocando mudanças de comportamento.
Assim, poderemos ser o principal produtor/exportador agrícola do planeta, o celeiro do mundo, bem mais cedo do que o previsto, e, certamente, daremos um enorme passo para fazer do Brasil um país com melhor distribuição de renda, mais justo e mais rico. Só depende de nós.
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