De acordo com o anúncio do governo fluminense no início deste mês, esta semana a capital do estado receberá pelo menos 30 ônibus chamados de ecofrotas. Depois da utilização nas cidades de São Paulo e Curitiba, as linhas de transporte coletivo no Rio de Janeiro irão funcionar com a adição de 30% de biodiesel de cana-de-açúcar.
Com a autorização do Inea – Instituto Estadual do Ambiente, os testes com a ecofrota irão até setembro de 2012. Durante um ano, serão analisados os efeitos positivos da mistura do biocombustível ao combustível comum. Além disso, será avaliado a redução das emissões de poluentes atmosféricos.
O Inea selecionou o biodiesel proveniente da cana-de-açúcar por suas pesquisas preliminares apontarem uma redução significativa dos teores de óxido de enxofre, monóxido de carbono e hidrocarbonetos emitidos no ar. Essa diminuição será muito importante para a capital fluminense, uma vez que, na cidade, pelo menos 77 % dessas substâncias advêm de motores de veículos que utilizam apenas o óleo diesel convencional.
O engenheiro agrônomo Luiz Andrade, professor da Universidade Federal de Lavras e do curso Cultivo de Cana-de-açúcar, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, diz que quem deseja produzir combustível a partir da cana-de-açúcar deve priorizar as variedades ricas em fibra.
Em Curitiba, além dessa linha ecológica, foram lançados ônibus que possuem dois motores, um a biodiesel e outro elétrico, chamados hibribus. Em São Paulo, primeira cidade a lançar mão da frota verde, a matéria-prima utilizada é a soja, oriunda da agricultura familiar. Nessa capital, são 1.200 veículos movidos a etanol, do total de 15 mil ônibus que circulam pela cidade.
Dados recentes indicam que a emissão de gases poluentes foi reduzida em 2% no centro de São Paulo. Na cidade, a lei de mudança do clima prevê que até o ano de 2018 toda a frota de ônibus circule com combustível ecológico.
Por: Ariádine Morgan
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