Saber quanto, como e quando irrigar significa saber aumentar a produtividade e a qualidade dos produtos agrícolas. Isso porque a irrigação diminui o risco de perdas que ocorrem nos períodos de estiagem. No entanto, em geral, o manejo de tal técnica ainda não é dominado de forma eficiente, o que acaba comprometendo a safra.
A falta de planejamento prévio é um dos principais responsáveis pelo equívoco. É necessário determinar a demanda hídrica de acordo com as cultivares e o tipo de solo. Outro fator preocupante vem dos sistemas de irrigação. Eles costumam ser dimensionados por vazões menores ou muito maiores que o necessário para suprir a lavoura.
A demanda distingue de cultura para cultura e, até mesmo, de variedade para variedade. O professor Dr. Márcio Mota Ramos, no curso Manejo de Irrigação – Quando e Quanto Irrigar, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, lembra que é preciso, também, considerar os estágios de desenvolvimento da planta. “Plantas jovens consomem menos água que as adultas. Além disso, aquelas cultivadas em local de clima seco e quente necessitam, diariamente, de maior quantidade de água, se comparadas com outras, cultivadas em ambientes úmidos e com temperaturas amenas”.
Pode-se adotar dois tipos de manejo para aplicar a quantidade correta de água, o manejo com turno de rega fixo, quando o intervalo de tempo entre duas irrigações consecutivas não varia; e o turno de rega variável, quando o intervalo entre duas irrigações consecutivas é variável.
O excesso de água nos pomares afeta a qualidade da cultivar e, consequentemente, diminui seu valor no mercado. Isso também diminui a fertilidade do solo e leva defensivos agrícolas para o lençol freático, prejudicando o meio ambiente.
“Muitas vezes, o produtor acha que basta adquirir um sistema de irrigação para obter elevados níveis de produtividade, esquecendo-se que é preciso adotar técnicas que possibilitem aplicar a água no momento certo e na quantidade necessária”, completa o professor, especialista em irrigação.
O manejo correto traz benefícios como economia de água e energia, melhor aproveitamento dos recursos hídricos, preservação do ambiente, e aumento da renda do produtor.
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