O número de pessoas com carteira assinada aumentou 10,7% nos últimos dez anos, subindo de 45,3% para 56%, de 2001 para 2011. O aumento foi ainda maior se considerado o resultado apenas entre as mulheres, que tiveram um crescimento de 11,6%, passando de 43,3% para 54%. Vale ressaltar, que estes números levam em conta o número de registros no mercado de trabalho para pessoas com 16 anos ou mais.
As informações constam na pesquisa Síntese de Indicadores Sociais: Uma Análise das Condições de Vida da População Brasileira 2012, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado nesta quarta-feira, dia 28. Segundo o estudo, foram criados 1,94 milhão de novos postos de trabalho com carteira assinada.
O levantamento mostrou que o aumento maior aconteceu a partir de 2006, quando o número de empregos formais subiu 8,6%. Neste mesmo período, a formalização do emprego das mulheres também foi maior, com 9,9%.
A parcela da população ocupada no mercado de trabalho também cresceu. A parte feminina cresceu de 7,5%, chegando a 35,1% do total e a ocupação dos homens chegou a 42,5%, uma alta de 2,3%. Comparando-se as regiões do país, o Sudeste é a que concentra o maior número de empregados com carteira assinada.
Segundo o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcelo Neri, o contínuo crescimento econômico registrado nos últimos anos fez subir a geração de emprego e a formalização dos empregados. Para ele, o crescimento do consumo decorrente do aumento da renda ajudou a movimentar o mercado, o que contribuiu para gerar mais estabilidade e emprego.
No entanto, de acordo com o IBGE, ainda é grande o número de pessoas que trabalham no mercado informal. Cerca de 44,2 milhões de trabalhadores não possuem carteira assinada, não tendo direito à estabilidade e direitos como o seguro-desemprego, o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), férias e décimo terceiro salário.
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