
No dia 1º de agosto deste ano, representantes do Banco Mundial assinaram com o Senar um acordo que destina US$ 10,6 milhões para o projeto ABC Cerrado, desenvolvido em parceria com a Embrapa e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, marco na agricultura de baixo carbono. O objetivo do referido projeto é difundir práticas agrícolas sustentáveis que sejam capazes de atuar na redução das emissões de gases de efeito estufa. Em resumo, o ABC Cerrado, de acordo com o secretário executivo do Senar, Daniel Carrara, formará um exército de produtores, multiplicadores e técnicos especializados em garantir a efetiva aplicação tecnológica no campo, garantindo renda aos produtores rurais, sem deixar de lado a questão da preservação ambiental.
David Tuchschneider, especialista em Desenvolvimento Rural do Banco Mundial, defende a ideia de que até 2050 a demanda por alimentos vai dobrar, com 2 bilhões a mais de pessoas no mundo. Daí a grande importância de se apostar em tecnologia e no apoio de instituições respeitáveis, já que “sem eles será necessário desmatar mais de 100 milhões de hectares adicionais”, afirma Tuchschneider.
O ABC Cerrado contará com o apoio de, ao todo, 12 mil propriedades, sendo 1.200 nos Estados de Minas Gerais, Goiás, do Tocantins e de Mato Grosso do Sul. Atenderá a oito Estados do bioma Cerrado - Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Maranhão, Bahia, Piauí e Minas Gerais - e o Distrito Federal durante quatro anos, com a promoção de quatro processos tecnológicos: recuperação de pastagens degradadas, integração lavoura-pecuária-floresta, sistema de plantio direto e florestas plantadas.
Uma vez que o Senar trabalha com demandas, a mobilização para a implantação e o sucesso do projeto será feita por meio de sindicatos rurais, associações de produtores e federações estaduais. Um recorte de municípios prioritários será feito com base em dados do IBGE sobre aqueles que mais desmataram o bioma Cerrado.
Por Silvana Teixeira.
Fonte: EBC agência Brasil
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