Pesquisadores da Embrapa desenvolveram um tipo de lenha ecológica, os briquetes, constituídos de matérias-primas concentradas e comprimidas, produzidos a partir de biomassa vegetal, resíduos agrícolas ou florestais. É comum serem encontrados resíduos nas propriedades rurais, como palha de arroz, sabugo de milho, bagaços de limão e laranja ou sobras de madeira. Todos esses descartes são matéria-prima para a construção do briquete.
José Dilcio Rocha, pesquisador da Embrapa Agroenergia, destaca como principais características da lenha ecológica o volume, que é menor que o de resíduos originais; o poder calorífico, que é igual ao das lenhas convencionais; o fato de ser reciclável e a durabilidade, ela pode durar até três vezes mais que a lenha convencional. Tudo isso sem causar danos ao meio ambiente, pois não é necessária a adição de produtos químicos.
A briquetadeira, máquina usada para compactar os resíduos, é capaz de gerar entre 50kg e 100kg/h de briquetes. O formato desses é homogêneo e o tamanho pode ser programado na hora da fabricação, o que facilita o transporte e o manuseio.
De acordo com Patrícia Tristão, tutora do Portal de Informações do CPT – Centro de Produções Técnicas, “a lenha ecológica é, também, mais uma fonte de renda para o pequeno produtor, que utilizará um material que anteriormente seria descartado, para uso próprio ou comercial”.
O briquete pode ser usado em fogões a lenha, lareiras e mesmo em churrasqueiras. O próximo passo é realizar testes em grandes cidades para avaliar a compactação do lixo orgânico junto com o resíduo das podas de árvores.
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