A Reserva Extrativista Tapajós Arapiuns, no Pará, voltou a produzir borracha em fevereiro deste ano e desde então acumula recordes de produção. Em março, a produção foi de 150kg, em abril 800kg, em maio 15 tonelada e em junho chegou a 9,5 toneladas. A partir de setembro, a previsão é de cerca de 30 toneladas por mês.
Com as boas perspectivas, os produtores estão se articulando para conseguir acesso à política de pagamento de preço mínimo (PGPM), do governo federal, que prevê um preço mínimo atual de R$ 3 o quilo do produto. Isso melhora bastante o preço de mercado, que é repassado diretamente à comunidade, sem custos de transporte.
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que administra a reserva, é que cuida de toda a logística de escoamento da produção. Além disso, ainda é o responsável pelo mapeamento do produto, pela identificação do produtor, da comunidade e do lote.
O gestor da reserva, Maurício Santamaria, afirmou que todos ficaram muito felizes com os resultados, já que a reserva não gerava renda há muitos anos por causa da falta de mercado na região. Ele destacou que a exploração da seringueira foi a razão da própria criação da reserva, que ficou inativa por um bom tempo.
Depois de um tempo de crise, o setor da borracha tem demonstrado recuperação nos últimos anos. Só o Brasil, que já foi o maior produtor e exportador mundial no início do século XX, consome cerca de 342 mil toneladas por ano, sendo que produz somente 108 mil toneladas. Isso significa que o país importa 234 mil toneladas, em torno de 70% do que consome.
Por: Maria Clara Corsino.
Fonte: ICMBio.
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