
O gerenciamento da limpeza urbana não é uma tarefa simples e não pode estar sujeita a improvisos técnicos e administrativos
Os resíduos urbanos têm um elevado grau de heterogeneidade; isto é, possuem características diferenciadas e por isso é necessário adotar soluções diferentes para algumas parcelas constituintes desses resíduos. Isso é especialmente válido para aqueles materiais que representam os maiores volumes e, ou, massas como, em geral, os resíduos da construção civil.
Os seres vivos, inclusive os do mundo vegetal, produzem e eliminam algum tipo de resíduo, em função do processo vital e de todas as suas atividades metabólicas. Não existe órgão, máquina ou aparelho tão perfeito que utilize toda a matéria e energia consumida, por isso existem as sobras e os rejeitos. Nesse sentido, entende-se que resíduo não é, propriamente, um produto final, mas sim um estágio entre a matéria ou energia consumida e o destino final.
Como qualquer sistema de prestação de serviços, seja público ou privado, a limpeza urbana deve operar de forma organizada, segundo um quadro estrutural de cargos e funções, com atribuições básicas, responsabilidades e relações formais bem definidas. Um eficiente sistema de gerenciamento da limpeza urbana deve contar com uma adequada estrutura, não só para a execução dos serviços, mas também para planejar, fiscalizar e controlar as diversas atividades.
Além da adequada estrutura para o gerenciamento dos serviços é desejável que haja uma estrutura específica para informar o munícipe dos seus deveres e direitos acerca da manutenção da limpeza urbana. Ações permanentes de caráter educativo e informativo são fundamentais para que os responsáveis pela geração dos resíduos passem a colaborar na manutenção da limpeza urbana, no cumprimento da legislação pertinente e na implementação de sistemas diferenciados (como a Coleta Seletiva, por exemplo).
O gerenciamento da limpeza urbana não é uma tarefa simples e não pode estar sujeita a improvisos técnicos e administrativos. Em geral, envolve aspectos técnicos, administrativos, jurídicos, econômicos, sociais e políticos, que demandam o estabelecimento de uma forma de gestão que vai além da simples execução dos serviços de limpeza.
O destino final dos resíduos sólidos urbanos é uma etapa das mais importantes dentro de um sistema de gerenciamento de limpeza urbana. É também a fase mais difícil do gerenciamento porque requer, além dos altos investimentos financeiros, projetos específicos de engenharia sanitária, observando princípios básicos de saneamento ambiental. A coleta seletiva deve ser pensada sempre em associação com a melhoria do sistema de limpeza urbana como um todo (desde a ampliação da abrangência e qualidade da coleta convencional, até a adoção de um sistema sanitário adequado para a destinação final dos resíduos), associada também ao processo de reciclagem.
Reciclar é muito importante para preservar recursos naturais, e para preservar o meio ambiente, diminuindo o material aterrado ou jogado a céu aberto, evitando assim a poluição do ar, da terra e da água. Contribui, ainda, para o adequado manejo dos resíduos sólidos, minimizando os problemas com vetores e doenças associadas aos resíduos e, além disso, torna o custo da produção menor, se comparado com o da produção originada diretamente da matéria-prima virgem.
No Curso Reciclagem de entulho, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, o cursista receberá informações sobre organização da gerência de limpeza urbana, reciclagem, monitoramento, entre outros. O orientador do curso Evaldo de Souza Lima diz que durante os últimos anos no Brasil, o tema coleta seletiva e reciclagem tem sido cada vez mais lembrado pela sociedade, e por isso é de suma importância que se tenha conhecimento a respeito.
Por: Beatriz Lázia.
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