Um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) tem estudado formas de aumentar a produtividade das vacas leiteiras. Eles acrescentaram óleo de girassol com selênio orgânico e vitamina E à ração, isso aumentou a produção e a qualidade do leite, beneficiando o consumo por seres humanos.
Foram usadas 24 vacas em quatro tipos de tratamento. Em um grupo, elas receberam ração comum; num segundo, ração com 2,5 mg de selênio e 1.000 UI de vitamina E por dia. No terceiro, elas receberam ração com 3% de óleo de girassol e no quarto grupo ingeriram ração com óleo de girassol contendo 2,5 mg de selênio e 100 mg de vitamina E.
Marcus Antônio Zanetti, professor da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da USP, explicou como foi feito o procedimento. De acordo com ele, diariamente, foram medidos o consumo e a produção de leite das vacas; uma vez por semana, foram colhidas amostras para a análise de proteínas, lactose, gordura, fósforo, cálcio e para a contagem de células somáticas e sólidos totais.
Segundo Marcus, esse tipo de estudo é pioneiro. Outras pesquisas comparam a qualidade e a produtividade do leite dos animais e os benefícios para os seres humanos. Mas essa tem o diferencial de comparar o efeito do produto enriquecido ao do leite comum e ver se ele é melhor para a saúde humana.
O selênio é antioxidante, eliminando radicais livres. Marcus afirma que pesquisas recentes da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP mostram que a dieta brasileira, de um modo geral, é pobre no mineral. A vitamina E complementa esse efeito antioxidante, já o óleo de girassol foi usado para mudar a composição dos ácidos graxos do leite, deixando o produto mais nutritivo.
O pesquisador da Embrapa, Ademir de Moraes Ferreira, professor do curso Técnicas Simples para Produzir mais Leite e mais Bezerros, desenvolvido pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, acredita que esse tipo de pesquisa, além de ajudar o produtor a aumentar a produtividade, traz benefícios aos consumidores ao oferecer leite de melhor qualidade.
Por: Maria Clara Corsino.
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