Na Conferência FAO/IFIF (Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, e International Feed Industry Federation), vários países discutiram a redução da fome através do aumento na produção de proteína animal e na sustentabilidade. Participaram do evento representantes de 80% da indústria mundial de alimentação animal.
Na ocasião, a Associação das Indústrias de Alimentação Animal da América Latina e Caribe (Feed Latina) propôs a ideia de elevar a produção em 100% nos próximos 40 anos. O representante da instituição, Júlio Neves, apresentou dados significativos sobre o mercado. Segundo ele, os países da América Latina e do Caribe são responsáveis por 18% desses produtos. Só o Brasil fornece cerca de 66 milhões de toneladas por ano, crescendo uma média de 4 a 5% ao ano.
Júlio Neves assegurou que a Feed Latina vai duplicar a fabricação de ração animal até 2050. Para isso, ele acredita que seja preciso reduzir as barreiras sanitárias e tarifárias, a burocracia nas negociações; e padronizar as regulamentações dos países.
De acordo com o diretor da Poli-Nutri Alimentos, não há dúvidas de que a América Latina, principalmente o Brasil, deve assumir a dianteira na atividade. “É preciso flexibilizar a produção, já que as necessidades do nosso país não são as mesmas da Europa e de outros países. Assim, deve-se criar um esforço geral para melhorar a produção e a distribuição de ração animal no mundo”, acrescentou.
O engenheiro agrônomo Augusto Luís Almeida, professor do curso Cultivo de Milho Hidropônico – Para Alimentação Animal, desenvolvido pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, afirma que são necessários investimentos a longo prazo para alavancar a produção de rações no Brasil e na América Latina.
A Feed Latina foi criada em 2007 e é composta por Brasil, Argentina, México, Uruguai e Cuba. O objetivo da instituição é ser um meio de preparação e informação para os produtores, favorecendo a expansão da produção, e aumentar a competitividade e a segurança alimentar nessas regiões.
Por: Maria Clara Corsino.
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