Uma metodologia que vem sendo adotada com sucesso numa escala ampla é a chamada adequação ambiental.
Na primeira fase da elaboração de um projeto de restauração de áreas degradas, deve-se definir a abrangência do mesmo. É preciso estabelecer se esse irá englobar apenas uma escala pontual, como um talude rodoviário ou uma pequena voçoroca; uma escala média, como uma propriedade rural pequena a média; ou uma escala ampla, como uma microbacia ou município como um todo.
O professor Dr. Sebastião Venâncio Martins, no curso Restauração Florestal em Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, afirma que, quanto maior for a abrangência do projeto, maiores são as chances de se obter sucesso em termos de recuperação das áreas. “O controle e a revegetação de uma voçoroca é facilitado quando toda a propriedade rural é envolvida no projeto, definindo as melhores técnicas de conservação do solo”, explica.
Uma metodologia que vem sendo adotada com sucesso numa escala ampla é a chamada adequação ambiental. Nessa, a propriedade rural como um todo, ou mesmo a microbacia ou o município, passam a ser analisados numa visão global, definindo-se as diferentes situações de uso irregular do solo e as áreas que necessitam de restauração da cobertura vegetal.
Mas, em muitas situações, não se dispõe de recursos e tempo suficientes para a adoção de técnicas de recuperação envolvendo toda uma propriedade rural. Nesses casos, a restauração necessita ser numa escala pontual, voltada para uma situação específica de degradação. Assim, a definição da escala é feita a partir dos objetivos ou dos efeitos que se espera com a sua aplicação.
O zoneamento ambiental é necessário quando o projeto envolve uma escala média ou ampla em nível de propriedade rural, município ou microbacia. Definidas as Áreas de Preservação Permanente - APPs, em que a cobertura vegetal nativa necessita ser restaurada e/ou as áreas com degradação do solo (dentro ou fora de APPs), o passo seguinte consiste em avaliar o potencial de autorregeneração dessas áreas, isto é, se elas ainda possuem resiliência. Essa avaliação é feita por meio da caracterização do banco de sementes do solo, da capacidade de rebrota de indivíduos remanescentes e do estrato de regeneração.
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