Por muitos anos, o município de Alta Floresta, no Mato Grosso, foi conhecido como um dos municípios que mais desmatavam a Amazônia. Para retirar esta imagem da cidade, as secretarias municipais de Meio Ambiente e de Agricultura se uniram à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a outras instituições públicas para criar o Projeto Olhos D'Água da Amazônia.
O projeto existe há dois anos, promovendo a proteção de áreas de floresta nativa e de nascentes e a recuperação de áreas de preservação permanente (APPs). São 20 Unidades de Referência Tecnológica, nas quais os produtores rurais recebem materiais para realizar o replantio e o cercamento das nascentes. Também foram disponibilizados recursos para a recuperação e o piqueteamento de pastagens utilizadas para a pecuária leiteira.
Os organizadores do projeto quiseram desde o primeiro momento aliar a questão ecológica com a geração de renda para os produtores rurais. Deste modo, a ideia também é de regularizar as propriedades. A Embrapa estima que 1.100 unidades rurais já foram levantadas e outros 2.200 projetos foram elaborados.
O chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agrossilvipastoril, Lineu Domit, acredita que o ponto forte do programa é aumentar a renda dos produtores através da adoção de tecnologias. Ele explicou que o uso de tecnologias aumenta a produtividade e a renda dos produtores, incentivando-os a participarem da recuperação das APPs e adotando os sistemas agroflorestais. Assim, ele acredita que o projeto está mostrando que é possível integrar a questão ambiental com a produção agrícola.
Por: Maria Clara Corsino.
Fonte: Globo Rural.
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