Em pouco tempo, com uso de tecnologia, a Bahia se tornou um dos maiores produtores de café do Brasil. Foto: reprodução.
Atualmente a Bahia é o quarto produtor nacional de café, ficando atrás de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo, com uma produção de cerca de 2,16 milhões de sacas apenas em 2012. O dado é bem significativo, uma vez que o destaque do Estado na cafeicultura é bem recente.
Há poucos anos atrás, a Bahia, maior produtor de cacau do país, não possuía uma produção significativa de café. O resultado só foi obtido após anos de pesquisa e investimento em tecnologia, através da iniciativa privada e do Estado, que fez as lavouras crescerem cerca de 20% ao ano. O cultivo também cresceu bastante em produtividade.
Só o governo do Estado, por meio da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), implantou mais de 30 projetos voltados para o desenvolvimento da lavoura cafeeira. A empresa é uma das organizações participantes do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com universidades e outras instituições por todo o Brasil.
O Cerrado, o Planalto e o Atlântico são as principais regiões produtoras de café na Bahia. Nelas são aplicadas técnicas de irrigação e outras tecnologias, que fizeram a produção crescer 10% ao ano na última década. O cultivo é voltado principalmente para o conilon, que se adaptou melhor ao clima baiano.
O café ocupa uma área de 138 mil hectares em mais de 167 municípios baianos. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção do Estado na safra 2013/2014 deve atingir 2,3 milhões de sacas. A cafeicultura emprega em torno de 150 mil pessoas diretamente nas lavouras da Bahia, número que sobe para 260 mil na época da colheita.
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