A cada dia a frota de carros, caminhões e motos aumenta e a tendência é que continue crescendo. Além de exigir uma boa infraestrutura das cidades, isso gera uma preocupação mundial com a emissão de gases que causam o efeito estufa. Por isso, há necessidade do desenvolvimento das fontes de energia renováveis, ou biodiesel.
É nesse cenário que surgiu o Programa Nacional do Biodiesel, lançado pelo governo brasileiro há cinco anos. O objetivo do programa é investir na produção de combustíveis biodegradáveis, menos poluentes, para substituir parte do diesel e do petróleo. No início, foi autorizada a mistura de 2% do novo combustível ao diesel comum. A meta era alcançar os 5% em 2013.
Os agricultores responderam rápido, a indústria investiu, e hoje, a meta foi antecipada. A partir de janeiro deste ano, o diesel tem uma mistura obrigatória de 5% de biocombustível. Para atender essa demanda, o Brasil deve produzir 2,3m³ milhões de biodiesel.
Atualmente, 78% do biodiesel produzido no país é proveniente da soja, 15% do sebo de animais e 3% do caroço de algodão. Todas as outras culturas dividem os 4% restantes. Ricardo Dornelles, diretor de combustíveis renováveis do Ministério de Minas e Energia, explica que a prioridade do governo é “ter uma menor dependência da soja. Buscar formas alternativas de diversificar a produção de matérias-primas, como a mamona. Os produtores que investirem nesses outros cultivares receberão mais incentivo do governo”.
Para o professor Dr. Nívio Poubel Gonçalves, pesquisador da EPAMIG - Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, no curso Cultivo e Processamento de Mamona, produzido pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, “uma excelente forma de geração de biodiesel é a utilização do óleo de mamona. Como é elaborado a partir de óleos vegetais, é um combustível renovável, biodegradável e ambientalmente correto. Isso poderá também contribuir para o aumento da produção do vegetal”.
O Brasil é o segundo maior produtor de biocombustível do mundo. Só perde para a Alemanha. Futuramente, as taxas de produção brasileira devem aumentar, o que poderá tornar o país o maior produtor mundial.
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