
O açaí tem feito muito sucesso no Brasil e no mundo como alimento energético e na indústria cosmética. Foto: reprodução.
O açaí produzido e comercializado no Pará atingiu preço recorde este ano, apresentando alta acumulada de 25% de janeiro a maio. O açaí médio, tipo mais consumido, atingiu o valor de R$ 12,80. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a alta aconteceu por causa do período de entressafra e do constante aumento da demanda em todo o país.
É comum, nesta época do ano, os preços subirem acima da média, representando um verdadeiro recorde. Os preços começaram a aumentar depois que intermediários começaram a comercializar o açaí nativo do Pará para outros estados. A fruta se popularizou e a demanda cresceu bastante, contribuindo ainda mais para o aumento dos preços.
Além de ser usado na alimentação, fazendo sucesso como um energético natural, o açaí também foi introduzido com sucesso na indústria cosmética. Inclusive passou a ser exportado para outros países. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil produziu cerca de 124 mil toneladas de açaí em 2010, quando foi feito o último levantamento. Só o Pará foi responsável por 107 mil toneladas, 87% da produção nacional. Aproximadamente 70% do que é produzido no estado é consumido por ele. Outros 20% são exportados para os demais estados e 10% é para o exterior.
O açaí é um dos produtos incluídos no Plano Nacional de Promoção das Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade (PNPSB), criado em 2009. O programa do governo federal pretende valorizar e incentivar as atividades extrativas e produtivas sustentáveis, realizadas por comunidades tradicionais e agricultores familiares.
Por causa do programa, o governo estuda um reajuste do preço mínimo do açaí em 8% já para o mês de julho. O valor mínimo pago aos extrativistas passaria de R$ 0,83 o litro para R$ 0,90. Todos os participantes do programa têm direito a um benefício, sempre que o preço do mercado for inferior ao preço mínimo.
Por: Maria Clara Corsino.
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