Conta a história que a polenta surgiu antes mesmo do pão. O nome, de origem latina, “pollen” significa flor de farinha. Há quem diga que a primeira versão do prato seja grega, uma sopa de trigo ou cevada. Outros, que seja o “puls” ou “pulmentum”, mingau preparado com fava e servido aos soldados das tropas de César.
Somente depois da descoberta da América, quando o milho foi difundido pela Europa, esse ingrediente começou a ser utilizado. O prato era presença constante, tanto na mesa dos camponeses, como em banquetes, acompanhando carnes de aves selvagens.
O alimento chegou ao Brasil com os imigrantes italianos e, a princípio, esteve restrito aos estados da região Sul. Com o passar do tempo, foi ganhando novas versões e atingindo outros lugares do país. Cada região adaptou a receita aos seus costumes. A polenta, assim, perdeu a característica de cozinha simples e popular. Condimentos delicados e molhos tradicionais tornam-na um ótimo acompanhamento para diversos pratos.
Na culinária mineira, recebeu o nome de angu e tem preparo bastantes simples. No curso Cozinha Mineira, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, a professora Lúcia Maria Viggiano ensina uma receita incrementada de angu a jipeiro. Os ingredientes necessários são água, alho, fubá, sal, carne moída, pernil, bacon, muçarela e tomate.
“Refogue o alho no óleo. Acrescente um litro de água e o sal a gosto. Quando ferver, acrescente o fubá dissolvido em água. Mexa até dar consistência, tendo cuidado para não empelotar, e deixe cozinhar por 15 minutos. Para o molho, frite o bacon e reserve. Refogue as carnes de boi e de porco com a metade do alho. Junte-as ao bacon, acrescente o tomate e a cebola. Cozinhe bem. Para servir, coloque o molho na tigela; depois, a muçarela e, por último, a polenta”, explica Viggiano.
Em São Paulo, o prato também é bastante popular, tendo até festivais em sua comemoração. Lá, ele é servido cozido, frito, assado, grelhado, quente ou frio, nos mais diversos restaurantes da cidade.
Por: Clara Peron.
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