
Estudiosos descobriram, no glúten do grão, a zeína, proteína com características parecidas às dos produtos sintéticos usados para fazer o plástico comum.
Soluções inovadoras que ajudem a preservar o meio ambiente são sempre bem-vindas. Uma delas está sendo desenvolvida por pesquisadores da Unesp, de São José do Rio Preto. Eles estão produzindo um material para substituir o plástico, a partir de uma proteína do milho.
Os estudiosos descobriram, no glúten do grão, a zeína, proteína que tem características parecidas com as dos produtos sintéticos derivados do petróleo, usados para fazer o plástico comum. A proteína é dissolvida em álcool e óleo, e posteriormente aquecida em banho-maria, processo no qual ocorre a evaporação do álcool, para só depois ir para as fôrmas. Após 24 horas em temperatura ambiente ela se transforma em pedaços de plástico.
O produto é comestível e se transforma em uma massa sem gosto. Assim, é possível embalar alimentos, fazer cápsulas para remédios ou mesmo criar coberturas, para aumentar a durabilidade das frutas, que são ecológicas e não dão gosto ou cheiro.
Uma pera mergulhada na mistura líquida, por exemplo, além de ter aparência mais bonita, tem maior durabilidade. Quando o líquido quente é colocado na água fria torna-se uma massa elástica, tipo resina, que pode se transformar em moldes de peças.
Essa é uma planta muito versátil, utilizada na culinária como base para pratos como bolo, curau, pamonha. É transformado, também, em óleo, fibra e amido, mas, ainda assim, apenas 15% dos grãos são aproveitados para o consumo humano.
De acordo com a professora Marli Cambraia, no curso Processamento de Milho Verde, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, “para o produtor rural, que tradicionalmente planta o milho, o processamento é uma forma de agregar valor à produção. Hoje, com o emprego da irrigação, o milho verde pode ser produzido durante todo o ano e permite o processamento ininterrupto, o que é uma grande vantagem para conquistar o mercado”.
Outros estudos, em desenvolvimento, buscam aumentar a resistência e a elasticidade do material. O uso da argila juntamente com a proteína tornaria possível substituir as sacolas de supermercados e as garrafas pet por esse plástico natural.
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Comentários

Sergio Yoshioka
6 de out. de 2020Muito interessante o uso da zeína como bioplástico, mas existeno Brasil uma fábrica de extração de zeína?? Qual é o rendimento por toneladas de milho?? Qual é a pureza???

Resposta do Portal Cursos CPT
9 de out. de 2020Olá, Sergio!
Neste caso, recomendamos que procure um especialista na área para ajudá-lo com os detalhes da plantação.
Atenciosamente,
Lidiane Lisboa