Uma pesquisa feita em parceria por pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Fundação Osvaldo Cruz (FioCruz) e da Universidade de Brasília (UnB) resultou num reagente que pode ser usado nos testes contra a dengue. A nova técnica evita o uso de camundongos, que morriam durante o processo. Para conseguir o material, parte do gene do vírus foi injetada no DNA de um componente da alface.
O pesquisador da UnB Tatsuya Nagata explicou que o método antigo sacrificava muitos animais, o que além de exterminá-los ainda comprometia os resultados. Agora os camundongos podem ser substituídos pela alface. Outra vantagem é que ela cresce bem mais rápido do que outras plantas. Em aproximadamente um mês e meio, ela já está apta para os procedimentos de detecção da dengue.
“Essas plantas exigem muito pouco para sobreviver, apenas luz, um pouco de adubo, solo e água. Assim dá para produzir muita proteína para se fazer o kit de testes a um preço bem mais baixo”, afirmou o pesquisador da Embrapa, Francisco Aragão. Segundo os estudiosos, a alface poderá baixar o custo do exame significativamente, tornando o Brasil autossuficiente na produção dos kits.
Atualmente a maior parte dos testes usados é importada. Quase dez mil kits são comprados pelo governo federal, sendo que cada um custa US$ 300. Mas os pesquisadores destacam que, apesar do barateamento dos custos, o mais importante é combater a doença. Para isso, é preciso evitar água parada, lembrando que apenas uma tampinha de garrafa tem espaço suficiente para a procriação do mosquito transmissor.
Por: Maria Clara Corsino.
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