
O café descafeinado é a escolha de muita gente que gosta da bebida mas não quer sentir os efeitos estimulantes dela. Foto: DeviantART.
Paulo Mazzafera, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), estuda há mais de 20 anos variedades de café sem cafeína. Durante todo esse tempo, a equipe liderada pelo pesquisador teve algumas derrotas, mas eles acreditam que estão mais próximos de encontrar uma alternativa comercialmente viável para a produção de café descafeinado.
Em 2004, o professor chegou a ter um trabalho publicado na revista Nature. Ele conseguiu isolar cultivares vindas da Etiópia que sofreram mutações genéticas naturais e por isso não possuíam cafeína. Elas eram da espécie “Coffea arábica”, considerada de boa qualidade. No entanto, na sequência dos estudos, os pesquisadores descobriram que, no final do processo produtivo, as variedades etíopes transformavam outra substância, a teobromina, em cafeína.
Agora, o professor Mazzafera encontrou outra variedade do arábica, a Catuaí Vermelho, que aceita alterações no DNA. A equipe conseguiu isolar o gene produtor da cafeína e a partir da Catuaí pretende desenvolver novas variedades que não produzam a cafeína. Por enquanto, cinco cultivares possuem potencial para sofrerem as mutações.
Muitas pesquisas no mundo inteiro tentam, ainda sem sucesso, conseguir produzir café sem cafeína. Paulo Mazzafera afirma que muitas pessoas gostam de café, mas não querem sentir os efeitos estimulantes da bebida. Ele destaca que os processos industriais usados atualmente para descafeinar o café encarecem bastante o produto, além de fazer com que perca bastante a qualidade.
Por: Maria Clara Corsino.
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