Um estudo da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) analisa a viabilidade do bambu como matéria-prima estrutural na construção. A ideia do projeto é agregar valor à planta, gerando produtos sustentáveis de alta qualidade e de baixo custo para serem produzidos e usados por comunidades rurais.
A pesquisadora Cláudia de Lima Nogueira, doutoranda do programa de pós-graduação em Recursos Florestais, explica que o bambu precisa ser beneficiado para ser empregado na construção com as mesmas aplicações da madeira. Para ela, é importante que haja essa transferência de tecnologia das universidades para as comunidades e o setor produtivo.
Inicialmente, o projeto pretendia analisar a resistência de vigas estruturais feitas de bambu laminado e colado. Agora os pesquisadores também estudam a microestrutura da matéria-prima e do produto. Assim, pretende-se explicar as características físicas do bambu que alteram a fabricação e a qualidade das vigas, sobretudo no processo de adesão das lâminas.
Para entendê-lo, os pesquisadores fazem análises de amostras e dos produtos em diferentes fases, acompanhando as transformações físicas ou mecânicas. Eles utilizam ensaios mecânicos, microscopia eletrônica de varredura e óptica, raio-X e espectroscopia.
De acordo com a pesquisadora, os resultados estão sendo analisados para estudar a variabilidade das propriedades mecânicas dos produtos para diferenciá-la da variabilidade natural do bambu. Ela explicou que é importante otimizar o processo de produção de vigas e painéis com as lâminas para viabilizar o uso por comunidades carentes rurais.
Por: Maria Clara Corsino.
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