A cada ano, apenas nos Estados Unidos, são produzidos mais de um bilhão de quilos de penas de aves. Essas eram descartadas; porém, segundo pesquisas, elas podem ser usadas para produzir plástico biodegradável, mais leve e ambientalmente correto.
Penas, assim como as unhas, são compostas de queratina, uma proteína quimicamente estável e resistente. Isso permite dar mais resistência ao plástico e diminuir seu peso. Autoridades do Ministério da Agricultura dos Estados Unidos já estão testando a possibilidade de incluir esse ingrediente como aditivo na composição.
Um pesquisador da Universidade de Nebraska, Yiqi Yang, entretanto, tem planos maiores. Segundo ele, é possível usar as fibras das próprias penas das aves como ingrediente principal, constituindo 50% da massa do composto.
Yang afirma que estudos anteriores usavam a queratina como aditivo ao polietileno e ao polipropileno, mas suas pesquisas transformam a pena em algo bem parecido com os compostos. “Assim, se elas forem usadas como material, não será necessário utilizar polietileno ou polipropileno, e os plásticos serão mais biodegradáveis e sustentáveis”, explica.
A matéria-prima estaria garantida, uma vez que, de acordo com o professor Dr. Júlio Maria Ribeiro Pupa, no curso Galinhas Poedeiras – Produção e Comercialização de Ovos, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas “a muda, ou renovação das penas, como também é conhecida, pode ocorrer várias vezes durante a vida normal de uma ave”.
Ainda são necessários alguns testes para verificar a possibilidade de produção em larga escala, de forma a industrializar o produto.
Por: Clara Peron.
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