
Os agricultores da região Sul vão sair ganhando com o aquecimento global. Esse foi o veredito do relatório do estudo “Economia da Mudança do Clima no Brasil”. Com as temperaturas mais amenas a agricultura sulista deverá crescer em até 27% entre 2040 e 2070, de acordo com a previsão do IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.
Nas próximas décadas, o estado ganha possibilidades para plantar mais culturas, como por exemplo, a mandioca e a cana-de-açúcar, que anteriormente, com as fortes geadas, não se adaptavam à região. Para Patrícia Tristão, tutora do Portal de Informações do CPT – Centro de Produções Técnicas, “as duas culturas são extremamente vantajosas. A mandioca, por exemplo, tem mercado externo que precisa ser abastecido e sua produção é de fácil cultivo, podendo ser plantada em consórcio com outras culturas, o que propicia um melhor aproveitamento da área e a manutenção do solo coberto”.
Juntamente com a mandioca, a cana-de-açúcar está sendo avaliada para a produção de biodiesel. Com a preocupação quanto a preservação do meio ambiente, as pesquisas buscam cada vez mais fórmulas para reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa.
No Nordeste, a tendência é que o agricultor troque a lavoura pela pecuária, inclusive convertendo áreas de mata em pasto. Nas outras regiões do país, o cenário deve ser de aumento tanto das áreas para a agricultura quanto das destinadas à pecuária.
Pesquisador da Embrapa, Eduardo Assad, lembra que o Brasil já está na frente com pesquisas sobre cultivares melhorados geneticamente. O importante é começar a trabalhar agora o perfil da agropecuária no país para evitar perdas já nas próximas décadas.
Por: Ariádine Morgan
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