
A conversão alimentar faz com que os peixes retirem os nutrientes, transforme-os, e os incorpore na forma de tecido, que é o filé.
A produtividade da piscicultura depende, principalmente, da qualidade da água, dos ingredientes que compõem a ração e da eficiência do seu processamento. A garantia da otimização do crescimento dos peixes depende do atendimento das necessidades proteico-energéticas e demais nutrientes essenciais.
Para tanto, é necessário considerar os aspectos qualitativos e quantitativos da alimentação. Qualquer desvio da composição ideal modificará a necessidade quantitativa dos ingredientes utilizados na formulação da ração. A certeza de que os peixes estão recebendo a fração correspondente à sua exigência garante a obtenção de ótima conversão alimentar.
O professor da Unesp, Luiz Pezzato, doutor em nutrição de peixe e coordenador do curso Nutrição e Alimentação de Peixes, desenvolvido pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, explica que a conversão alimentar é quanto desse alimento digerido está sendo transformado em filé. “Nem sempre essa conversão alimentar é representada por massa muscular. O ideal é, ao invés de produzir um peixe gordo, obter a melhor carcaça possível”, diz Pezzato.
O professor ainda ensina que essa conversão vai ser obtida a partir do processo digestivo. “A ação do estômago associada a dos intestinos, fará com que os peixes retirem os nutrientes, transforme-os, para assim serem digeridos, absorvidos e incorporados na forma de tecido, que é o filé”, acrescenta.
Pezzato também menciona que se essa ração não for bem formulada, o peixe pode até ter ganho de peso, mas, na verdade é um depósito de gordura, seja nas vísceras, ou pior, uma gordura depositada nos músculos.
Os peixes, por serem organismos aquáticos, precisam que as rações sejam processadas, para reduzirem as perdas de nutrientes por lixiviação. A indústria, no sentido de proporcionar maior coesão entre as partículas alimentares, submete a mistura ao processo de peletização. Essa prática reduz tanto quanto possível sua desintegração e dissolução, proporcionando, assim, melhor eficiência produtiva e nutricional.
Por: Ariádine Morgan
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