As necessidades de energia e proteína variam entre bezerras, novilhas, vacas secas em lactação, e ao longo da lactação.
Os ruminantes possuem um sistema digestivo bastante peculiar, que os permite aproveitar os nutrientes contidos em alimentos fibrosos e grosseiros. Isso ocorre graças à ação de microrganismos que habitam o trato digestivo, além da ação mecânica executada através do processo de ruminação.
Todos os alimentos, durante sua permanência no rúmen, são decompostos pela ação da flora ruminal. Por isso, toda a alteração na alimentação deve ser gradativa, para sua adaptação. De acordo com o professor Dr. Fermino Deresz, pesquisador da Embrapa Gado de Leite, “mudanças bruscas na alimentação, por exemplo, a troca de feno por silagem, a introdução de ração, podem causar distúrbios digestivos graves, pela falta de adaptação da flora ruminal ao novo alimento”.
No curso Produção de Leite a Pasto, coordenado pelo Dr. Deresz e elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, o professor explica que a dieta dos bovinos leiteiros deve, obrigatoriamente, conter alimentos fibrosos, compondo pelo menos 30% da matéria seca total oferecida. “A matéria seca corresponde à fração sólida do alimento, ou seja, descontada a água presente”, ensina Deresz.
A qualidade do alimento consumido pelo gado é medida, principalmente, em termos de digestibilidade, ou seja, o percentual do alimento que realmente é digerido. Também são avaliados os teores de proteínas e energia, medidos em porcentagem.
Especialmente as necessidades de energia e proteína variam entre bezerras, novilhas, vacas secas em lactação, e também ao longo da lactação. Nesta, os requerimentos nutricionais são maiores no início, diminuindo até seu final, quando a produção de leite se reduz.
Os minerais são fornecidos em uma mistura que pode ser elaborada na própria fazenda ou adquirida no mercado especializado. Já as vitaminas, que são fundamentais, serão adicionadas à ração concentrada por compostos de premix.
Por: Ariádine Morgan
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