O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) regulamentou este mês a Instrução Normativa nº 62, que estabelece novos meios para a produção leiteira de qualidade. A norma reduz os limites para a contagem de bactérias e células somáticas. Os produtores terão até 2016 para se adequarem às exigências.
A norma invalida a IN-51/2002, que havia expirado em 2011. O analista de pecuária do Sistema Famato, Carlos Augusto Zanata, explica que o Mapa procurou aumentar a qualidade do leite exigindo bem mais do produtor, mas cedeu um tempo maior para a adequação.
Entre os índices que agora entram em vigor está a Contagem Bacteriana Total (CBT), que analisa a higiene durante a ordenha, e a Contagem de Células Somáticas (CCS), que verifica a saúde das tetas. O Mapa forneceu um cronograma para a adaptação dos produtores.
Atualmente o número máximo permitido para a contagem padrão em placas, que monitora a CBT, é de 750 mil unidades formadoras de colônia por mililitro (UFC/ml). Esse número vai cair para 600 mil UFC/ml até junho de 2014, chegar a 300 mil UFC/ml em junho de 2016 e 100 mil UFC/ml em julho de 2016. A contagem de células somáticas que tem o teto atual de 700 mil células somáticas por mililitro (CS/ml) deve baixar para 400 mil CS/ml em julho de 2016.
O presidente da Associação dos Produtores de Leite de Mato Grosso (Aproleite), Alessandro Casado, afirmou que a nova medida aumenta a responsabilidade do produtor. Ele acrescenta que é importante que a indústria e o comércio também façam parte do processo de garantia da qualidade do leite, porque ao final todos saem ganhando, principalmente o consumidor.
Por: Maria Clara Corsino.
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