Mesmo que a empresa aceite o relacionamento, seja discreto.
Envolvimento entre colegas de trabalho é mais comum que se pensa, mas como agir nessa situação? É melhor deixar o romance escondido ou assumir? Uma pesquisa realizada pelo portal de empregos trabalhando.com ouviu 30 organizações e 300 profissionais. Os resultados apontam que 56% das empresas proíbem o namoro entre os funcionários, por medo de queda na produtividade e dificuldade nas tomadas de decisões.
Por outro lado, boa parte dos colaboradores não se importa em ter um relacionamento no trabalho. Segundo os dados, 32% deles já tiveram um relacionamento afetivo com um colega e 22% não o fizeram por não terem encontrado alguém interessante, e afirmaram achar normal.
A legislação não prevê proibições desse tipo, mas se a empresa tiver essa conduta como regimento interno, é preciso ter muito cuidado. Se o casal for pego namorando no local de trabalho, pode ser demitido por justa causa, já que estaria infringindo as normas.
Mas, é preciso que a gerência deixe claro sua política. O professor Hélvio Tadeu Cury Prazeres, no curso Gestão de Pessoas na Pequena Empresa, desenvolvido pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, enfatiza que o empregador, antes de optar pela rescisão do contrato por justa causa, deve avaliar alguns pontos. “Será que o ato praticado é realmente grave? Isso impossibilita a continuidade saudável da relação de emprego?”, pondera o professor.
Independente da proibição, é preciso manter a discrição, para evitar problemas na carreira. No começo, é indicado manter sigilo e esperar o namoro se tornar firme. Se isso acontecer, o melhor é assumir para a liderança e para o departamento de recursos humanos, pois é possível ocorrer um remanejamento de setor ou de unidade da empresa.
Mesmo que a empresa aceite o relacionamento, seja discreto. Separe trabalho e namoro e não comente sobre suas intimidades. Evite usar os equipamentos de trabalho para enviar mensagens apaixonadas. Não troque olhares, bilhetinhos e esqueça os apelidos durante o horário comercial. Lembre-se que sempre há alguém monitorando, mesmo que seja de longe.
Por: Clara Peron.
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